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Pará tem 91 mil estudantes em débito com universidades, revela Serasa

O desemprego é a principal razão para o atraso nos pagamentos e foi apontado por quase 30% dos entrevistados

Gabi Gutierrez

Uma pesquisa recente, realizada pela Serasa, revelou que, no Pará, mais de 91 mil estudantes têm dívidas com universidades no estado. No entanto, os dados sobre a inadimplência estudantil são alarmantes em todo o território brasileiro e apontam que 44% dos universitários já precisaram trancar os cursos por não conseguirem pagar as mensalidades. 

O desemprego é a principal razão para o atraso nos pagamentos, apontada por 29% dos entrevistados, seguida pela necessidade de priorizar contas essenciais (19%) e gastos com saúde (11%). Esses desafios financeiros afetam diretamente o rendimento acadêmico: 24% dos endividados relataram dificuldade de concentração nas aulas devido às dívidas.

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Número de pessoas inadimplentes no estado também aumentou 3,5% em relação a outubro de 2023, quando havia 2,55 milhões de paraenses com atraso no pagamento de dívidas.

A pesquisa também revela que 59% dos endividados consideram importante regularizar as dívidas para seguir estudando. "As dívidas costumam atrapalhar o rendimento dos estudantes, gerando falta de foco durante as aulas e outras dificuldades extraclasse", comenta Aline Maciel, gerente da Serasa. "Dessa forma, a renegociação dos débitos deve ser o primeiro passo para quem pretende aproveitar o período de rematrículas para voltar a estudar em 2025 e, ao mesmo tempo, restabelecer sua tranquilidade financeira."

Produzido em parceria com o Instituto Opinion Box, o estudo ouviu apenas alunos endividados com instituições de ensino. Nove em cada 10 desses alunos afirmaram arcar com as despesas do curso sozinhos, o que demonstra uma mudança no comportamento do estudante brasileiro, que, por décadas, contou com os pais como financiadores dos estudos. Impressiona ainda o fato de que, para 63% dos entrevistados, as dívidas estão na casa dos R$ 7 mil, o equivalente a quase cinco salários-mínimos.

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