Pará é líder em geração de emprego na Região Norte em 2022
Estado gerou cerca de 48 mil postos de trabalho de janeiro a novembro, aponta levantamento do Dieese
O Pará foi o estado que mais gerou empregos na Região Norte em 2022. De janeiro a novembro, foram criados 47.925 mil novos postos de trabalho formais. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (28).
No ranking nacional, o Pará está na 14ª posição do Brasil em geração de empregos. Foram feitas o total de 395.110 admissões e 347.185 desligamentos, gerando um saldo positivo de 47.925 novas ocupações.
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), comemorou o destaque do Estado. “Nós vamos encerrar o ano com a criação de quase 48 mil postos de trabalhos formais, nos 144 municípios com destaque para os setores do comércio, serviços, construção, indústria e agropecuária. Vamos continuar trabalhando com o objetivo de garantir mais emprego e renda aos paraenses”, publicou nas redes sociais.
Entre os setores, o Serviço foi o que mais abriu vagas, com 22.554 novos trabalhadores. Em seguida, a Comércio, com 9.922 postos de trabalho. Depois, a Construção com 6.106; Indústria com 4.678; e por último, Agropecuária com 4.665. Destas, quase 4 mil foram ocupadas por pessoas com apenas o Ensino Médio completo. Além disso, a mão de obra masculina foi a mais valorizada. Foram 4.577 homens contratados contra apenas 1.374 mulheres empregadas.
Ao todo, a Região Norte registrou 1.010.767 admissões em 2022. Com 865.282 desligamentos, o saldo positivo é de 145.485 postos de trabalhos.
Depois do Pará, o segundo estado nortista que mais se destacou foi o Amazonas, com 39.733 postos de trabalhos. Atrás vem Rondônia com a geração de 17.115 ocupações; Tocantins com 16.897; Roraima com 8.863; Acre 8.223 e Amapá com 6.735.
Mês de novembro
Apesar do crescimento em 2022, o Dieese levanta que o Estado apresentou queda na geração de postos de trabalho no mês de novembro. Foram 31.777 admissões e 32.919 desligamentos, totalizando um saldo negativo de 1.142 postos de trabalhos formais. Esta foi a segunda vez no ano que o Pará registrou recuo. A primeira vez foi em janeiro.
A recessão refletiu em quase todos os setores econômicos, com destaque para a Construção, que teve perda de 3.504 postos de trabalhos, seguido da Indústria, com -500 empregos e Agropecuária com - 308. Na outra ponta, o destaque positivo no mês passado, ficou por conta do Comércio que gerou 2.339 novos empregos, seguido do Serviços com 831.
“É importante observar que os dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED, divulgados no dia de hoje, levam em consideração apenas os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não inclui as ocupações informais. Com isso, não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). Os números do CAGED são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar, e abrangem também o setor informal da economia”, pondera o Dieese.