Pará diminui furto de energia elétrica
As quedas são consideradas grande avanço para o Estado
As quedas são consideradas grande avanço para o Estado
Chamadas de Perdas Não Técnicas (PNT), os furtos de energia no Pará apresentaram arrefecimento de 2% no mês de maio quando comparado ao mesmo mês do ano passado, segundo apuração do Conselho de Consumidores da Equatorial Pará (Concepa). As PNT’s são divididas em Global e de Baixa Tensão, quando se apura apenas o Baixa Tensão, verifica-se a maior quantidade de furto de energia. Em maio de 2020, estava em 36%, e no mesmo mês deste ano reduziu para 34%. Sendo que deste montante, 99,98% é considerado pelo Concepa como furto de energia.
PNT é o termo técnico usado para os escapes de energia elétrica que não são contabilizados para efeitos de consumo e taxação nas contas de energia. Divida em Global e Baixa Tensão, a categoria Global envolve todas as classes de consumo, cinco no total, que são: residencial - moradias habitadas - , industrial - utilizada pela indústria -, comercial - lojas, restaurantes e comércio no geral -, rural - imóveis que estão fora da zona urbana - e poder público - em que são considerados os órgãos municipais, estaduais e federais -. Nesta faixa, houve uma redução de 1% de maio de 2021 para maio do ano passado. Em 2020 o percentual do mês era de 31% e este ano passou para 30%.
Carlindo Lins, presidente do Concepa, explica que há uma perda regulatória estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica( Aneel), e que este valor já é previsto nas contas de energia emitidas pela responsável pela distribuição elétrica no Pará. Essa quantia é paga mensalmente pelos contribuintes. "Existe a perda regulatória, é como se os consumidores estivessem fazendo um adiantamento para a empresa melhorar o seu sistema de fiscalização. Parte do furto nós estamos pagando, está na nossa tarifa, a partir daquele valor [não pago pelos consumidores], fica com o investidor, ou seja, com a concessionária. O que ainda acho uma quantia muito alta. Precisamos diminuir o valor que a gente paga de PR , porque a nossa tarifa vai aumentando", comenta.
De acordo com ele, precisa haver uma conscientização da população para que não cometa o crime de furto de energia, cuja pena pode variar de um a quatro anos de detenção. Mas também é necessário um aumento na fiscalização dos famosos “gatos de energia”. "Precisamos de uma fiscalização mais eficiente por parte da empresa distribuidora de energia e também da conscientização da própria sociedade de que isso é prejudicial para todos nós”, orienta o presidente.