Pará deverá ter 420 mil oportunidades de emprego no segundo semestre
Festas sazonais do período, como Círio, dia das crianças e natal, devem aquecer as vendas e aumentar a demanda
Mais de 420 mil oportunidades no mercado de trabalho do Pará devem ser efetivadas entre agosto e o final do ano de 2023. A projeção é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mas o balanço oficial da expectativa de geração de emprego, tanto formal quanto temporário, para o período ainda vai ser lançado. As datas sazonais do segundo semestre, como Círio, black friday e natal, são apontadas pela Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio) e pelo Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém como a grande força para impulsionar esse cenário.
Entretanto, os empresários não estão tão otimistas quanto às contratações e a movimentação nos centros comerciais do estado. Em pesquisa divulgada recentemente pela Fecomércio, 50% acreditam que o número vai ter pouco crescimento, enquanto que apenas 14,1% deles afirmaram que a quantidade de funcionários deve aumentar muito nos próximos meses. Sobre as vendas que deverão ser realizadas no segundo semestre deste ano, 42,6% consideraram que a saída de produtos não será tão forte e 33,9% acham que irá melhorar bastante.
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Apesar desses índices, a Federação apurou que o nível de confiança dos empresários ficou em 107,5 pontos (acima de 100, representa otimismo) em julho, quando perguntados sobre o período compreendido entre agosto e dezembro. Entre os motivos para as expectativas positivas do setor, a pesquisa também destacou que as festas de final de ano, restituição do imposto de renda, 13º salário e a redução da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central são fatores que contribuem para as melhorias esperadas nas vendas.
Vagas temporárias
Segundo o presidente do Sindilojas, Eduardo Yamamoto, o último trimestre - que contempla os meses de outubro, novembro e dezembro - é o mais promissor para os empresários. Dessa forma, a necessidade do setor de fazer contratações temporárias deve aumentar e reforçar a dinâmica que é vista anualmente no período. “As vagas serão voltadas para o varejo e reforço de vendas para otimizar o quadro atual que já existe nas lojas, incentivar vendas por redes sociais, como WhatsApp e Instagram. Hoje, atuamos fazemos mais com menos pessoas”, diz.
No ano passado, o Dieese estimou que as vagas temporárias seriam em torno das 4 mil oportunidades, variando entre shoppings, lojas do comércio e serviços. Mesmo sem ter o balanço oficial para esse ano divulgado, Everson Costa, supervisor técnico da instituição, acredita que o cenário será positivo. “A gente espera, também, que além do calendário de venda de toda essa movimentação econômica, o outro cenário ajude, que são preços mais baixos, recuperação da renda com valorização e melhores negociações salariais e aumento do emprego”.
“Porque você tem mais gente empregada, você aumenta o consumo e é esse círculo que fica mais virtuoso, mais positivo e, claro, com uma economia que cresce, que tem consumo, que tem emprego, a tendência é que a oportunidade também surja, inclusive as temporárias, que vem para cobrir essa demanda. Então, cresce por conta de todo esse movimento”, completa Everson.
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