Pará atinge US$ 21,1 bilhões em exportações até novembro; minérios se destacam
O crescimento do desempenho reflete, principalmente, o segmento de extração mineral, já que 84% do que foi exportado corresponde aos minerais
As exportações realizadas pelo Pará tiveram uma alta de 6,3% entre janeiro e novembro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Com isso, o valor alcançado nos 11 primeiros meses de 2024 foi de US$ 21,1 bilhões, o que fez o Estado atingir 6,94% de participação em toda a exportação do país.
A coordenadora do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Cassandra Lobato, diz que o Estado chegou à sexta colocação. O crescimento do desempenho, segundo ela, reflete, principalmente, o segmento de extração mineral, já que 84% do que foi exportado corresponde aos minerais, somando US$ 17 bilhões.
“A gente está entre os 10 maiores estados exportadores do país, com os minerais encabeçando. Os outros produtos somam 16% do total. Houve uma diminuição da variação negativa na madeira, a gente teve algumas commodities recuperando o crescimento, e outros produtos conseguiram se manter em um valor mais positivo, como a carne bovina, os bovinos vivos e o suco de frutas”, explica.
Somente a carne, de acordo com a representante, obteve uma variação de quase 52% no período. “A gente também teve vários produtos da balança comercial que, até agosto, estavam fechando negativos e agora é possível ver uma recuperação desses produtos, muito por conta da safra, colheita, também é um período em que muitos contratos começam”, avalia.
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Ainda nas exportações, um ponto destacado por Cassandra é em relação ao desempenho de alguns municípios paraenses. Nesta ordem, os melhores colocados foram Canaã dos Carajás (com US$ 6,21 bilhões exportados), Parauapebas (US$ 5,73 bilhões) e Barcarena (US$ 2,94 bilhões). A nível nacional, eles também se destacaram, com Canaã em quarto lugar e Parauapebas em sexto.
Importação e saldo
Da mesma forma, o mercado de importação cresceu no Pará entre janeiro e novembro, conforme os dados do Mdic. No total, foram US$ 1,83 bilhão importados, o que representa uma variação positiva de 3,6% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado.
“Houve um crescimento na importação, principalmente no segundo semestre, dos EUA, proporcionando matérias-primas como hidróxido de sódio; Rússia, com a parte de gás natural e muita matéria-prima para a indústria e o agronegócio; e em terceiro lugar a China, com o agronegócio. Compramos mais matérias-primas para serem trabalhadas nesses setores, houve compra maior desses produtos”, detalha.
O resultado, segundo Cassandra, fez o Pará recuperar a terceira colocação no ranking de melhores saldos, ou seja, a diferença entre o valor exportado e importado no Estado. “Ainda estamos distantes da nossa posição de primeiro lugar, que perdemos com a pandemia, mas já saímos do quarto, agora só tem Mato Grosso e Minas Gerais na frente, e a gente torce para que, em 2025, o Estado recupere sua posição”, afirma. A coordenadora do CIN lembra que os recessos de final de ano podem atrapalhar, mas que, até o fim do ano, o Pará deve se manter em quarto lugar na lista.
Balança comercial do Pará
Principais produtos exportados
- Minério de ferro e seus concentrados: 56%
- Minério de cobre e seus concentrados: 13%
- Alumina: 8,3%
- Soja: 7,1%
- Carne bovina: 3%
- Alumínio: 2,3%
- Animais vivos (não incluídos pescados e crustáceos): 2%
- Ferro: 1,4%
- Demais produtos da indústria extrativa: 1,3%
- Elementos químicos inorgânicos: 1,2%
Principais produtos importados
- Adubos ou fertilizantes químicos: 28%
- Óleos combustíveis de petróleo: 12%
- Elementos químicos inorgânicos: 9,5%
- Instalações e equipamentos de engenharia civil: 5%
- Produtos residuais de petróleo: 4,7%
- Gás natural: 4,5%
- Demais produtos da indústria da transformação: 4,4%
- Pneus de borracha: 4%
- Carvão: 3,7%
- Trigo e centeio: 3,2%
Fonte: Mdic
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