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Apesar da crise econômica, Pará é o primeiro no Norte em geração de empregos no comércio

Lourenço d’Avila foi um dos empresários que sentiu na pela a crise nos negócios em meio à pandemia. No entanto, soube explorar as adversidades e se adaptar aos novos desafios

Redação Integrada

O comércio brasileiro teve enormes perdas ao longo deste ano. Muitos dos micro e macro empresários fecharam os seus estabelecimentos ou diminuíram o quadro de funcionários para se adaptar à crise econômica ocasionada pela pandemia do coronavírus.

Mesmo com o cenário desfavorável, o Pará registrou, pelo quarto mês consecutivo, que está com a porta das oportunidades aberta na geração de empregos formais, com saldo positivo de mais de 3 mil postos de trabalho no setor do comércio. Os dados são do novo estudo do Dieese Pará, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. O levantamento faz parte integrante do Observatório do Trabalho do Estado do Pará, fruto da parceria entre o Dieese e o governo do Estado, através da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).

Tendência positiva

De acordo com o balanço, em outubro, foram feitas 8.631 admissões contra 5.452 desligamentos, resultando na geração de 3.179 postos de trabalhos em todo o Estado. No mesmo período do ano passado, o comércio também apresentou saldo positivo de empregos formais, porém menor que o verificado este ano: foram 6.921 contratações contra 5.704 desligamentos, gerando 1.217 novas vagas.

Lourenço d’Avila é publicitário, designer e sócio proprietário da Fluxo Gráfica e foi um dos empresários que sentiu na pele as modificações que a pandemia trouxe para dentro dos negócios. No ramo há mais de dez anos, ele conta que pela primeira vez viu o setor gráfico ser afetado, os atendimentos serem reduzidos e os funcionários acima dos 60 anos afastados.

“O mercado editorial e promocional foram os mais afetados. A gente [a gráfica] tem o foco em embalagem há mais ou menos uns três, quatro anos e, não sentimos [a crise] tanto. O ramo que trabalho supriu os braços que ficaram paralisados [durante a pandemia]", explica.

Mesmo com o uso constante de máscara, a carga horária de serviço prolongada e o atendimento sendo realizado remotamente, Lourenço afirma que a crise permitiu que o grupo pudesse se conhecer melhor e perceber que estavam percorrendo um caminho sólido e de êxito. 

“A pandemia reforçou que estávamos seguindo o caminho certo. Sempre busquei umas alternativas diferenciadas aos meus clientes, criando uma embalagem do zero e dando assistência [ao comprador] da concepção do produto até o protótipo final”, afirma o publicitário.

Os planos empresariais do sócio proprietário da Fluxo Gráfica é investir em novos maquinários para complementar as demandas adormecidas devido à pandemia. Por causa do isolamento social e o aumento de consumo de delivery, Lourenço diz que viu crescer a necessidade de produzir mais caixas e sacolas. 

“O foco é diminuir o prazo de entrega. Queremos aumentar a mão de obra, porque estamos quase com terceiro turno de serviço”, acrescenta. 

Economia