Novos acordos firmados entre Brasil e China devem afetar economia paraense
Setores produtivo do Estado avaliam impactos da iniciativa entre os países
Brasil e China firmaram novos acordos bilaterais, na última quarta-feira (20), que devem afetar vários segmentos econômicos de ambos os países. Atualmente, o gigante asiático é o maior parceiro comercial do Pará, e 50% das exportações paraenses são para o país, o que gera expectativa de maior crescimento econômico para a região.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), entre os 37 novos acordos, a China abriu quatro mercados para produtos da agropecuária brasileira. Conforme a pasta, os protocolos firmados estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação dos produtos.
Produtores de diferentes regiões do Brasil devem se beneficiar com a medida. Os atos assinados abrangem as áreas de agricultura, comércio, investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, ciência e tecnologia, comunicações, desenvolvimentos sustentável, turismo, esportes, saúde, educação e cultura.
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“A China é grande compradora tanto de soja como de carne do Pará, e o Estado tem um excedente de carne, então pode ser um grande parceiro esse acordo e pode vir a nos beneficiar bastante”, avaliou Guilherme Minssen, diretor e zootecnista da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).
O presidente interino da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Hélio Melo, destaca que os acordos marcam o estreitamento de laços comerciais com a China e o potencial de expansão do mercado paraense.
“Considerando que o mercado chinês é um mercado gigantesco, a assinatura deste acordo é muito promissora. Há uma enorme oportunidade para a indústria paraense, e devemos avançar, cada vez mais, para estreitar os laços comerciais com a China, que é um player importante no mundo todo”.
“De acordo com o Centro Internacional de Negócios da FIEPA, no primeiro semestre de 2024, o Pará exportou para a China mais de US$ 5 bilhões com uma variação positiva de 15,30% em relação ao mesmo período de 2023 e os principais produtos exportados para o país asiático foram minérios de ferro e seus concentrados, soja e carnes desossadas de bovino. Isso demonstra a relevância crescente do mercado chinês para a nossa economia. O potencial de ampliação das comercializações para a China é imenso, e o Estado tem condições de aproveitar essa tendência para expandir sua presença no comércio internacional”, informou a entidade representativa das indústrias.
A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa estima que o potencial comercial desses acordos é de cerca de US$ 450 milhões por ano. Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua, esse montante pode ultrapassar US$ 500 milhões anuais. Rua afirmou que só a abertura de quatro mercados representam US$ 7 bilhões em importações para a China.
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