Novembro começa com alta na energia elétrica e consumidor precisa estar atento
Veja como não comprometer o orçamento neste mês de bandeira tarifária vermelha
As contas de energia estão mais caras em novembro, já que a bandeira tarifária passará de amarela para vermelha, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Isso significa que o custo adicional de R$ 1,50 por cada 100 quilowatts consumidos por hora, praticado em outubro devido à adoção da bandeira amarela, aumenta para R$ 4,16 com a bandeira vermelha, também para cada 100 quilowatts consumido.
A Aneel, no anúncio da mudança, feito na sexta-feira, 25, afirmou que a decisão de elevar o patamar da bandeira se deveu ao fato de que, apesar de novembro ser o mês de início do período chuvoso nas principais bacias hidrográficas do país, o regime de chuvas está abaixo da média histórica. Segundo a agência, nesse cenário aumenta a demanda de acionamento de usinas termelétricas, cujo custo de produção é mais alto, o que incide sobre a energia.
Educação financeira
No Pará, onde a tarifa é a segunda mais cara do país, os consumidores devem atentar para que a elevação do custo adicional não comprometa o orçamento familiar com o aumento da conta residencial. Indiretamente, no entanto, o economista José Carlos Damasceno informa que a determinação afetará a vida de todos, ainda que haja economia nas casas. “As pessoas podem evitar perder o controle das contas atentando para os ensinamentos da educação financeira, com planejamento, mas todo produto que a pessoa precisar comprar pode ter o preço elevado por conta da energia. Se você for em um restaurante, desde a geladeira até a luz, tudo pode influir no preço da comida, por exemplo. O setor industrial é o que mais sente já que precisa usar energia 24 horas sem parar”, destaca.
Como a mudança do custo adicional ocorre no fim do ano, ainda de acordo com Damasceno, o setor do comércio também poderá sentir o aumento de forma negativa, já que os preparativos para as vendas dos períodos de Natal e Ano Novo forçam lojas de shoppings e comércios de rua a aumentar as horas de trabalho e, consequentemente, a ter conta elevada. “O fim do ano é quando o consumo das lojas aumenta em razão do décimo terceiro salário. São feitas novas contratações de funcionários temporários. Mas com a bandeira vermelha o custo com energia também sobe”, analisa.
Bandeiras
No sistema de bandeiras tarifárias da Aneel, as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.
No dia 21 de maio deste ano, a agência aprovou um reajuste no valor das bandeiras. Com os novos valores, o acréscimo cobrado na conta pelo acionamento da bandeira amarela passou de R$ 1 para R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos. Já a bandeira vermelha patamar 1 passou de R$ 3 para R$ 4 a cada 100 kWh e no patamar 2 da bandeira, de R$ 5 para R$ 6 por 100 kWh consumidos. A bandeira verde não tem cobrança extra.
Ainda segundo a agência, os recursos pagos pelos consumidores vão para uma conta específica e depois são repassados às distribuidoras de energia para compensar o custo extra da produção de energia em períodos de seca.