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No Pará, combate a garimpos ilegais gera prejuízos de R$ 112,3 milhões às atividades ilícitas 

Em três meses, Operação Munduruku destruiu equipamentos e interrompeu rotas da mineração ilegal na região

O Liberal

A Operação Munduruku avança no combate ao garimpo ilegal e entra em nova fase de ação. De acordo com o governo federal, em quase três meses de atuação, a operação causou um prejuízo de R$ 112,3 milhões às atividades ilícitas. 

A primeira fase da Operação de Desintrusão da Terra Indígena Munduruku (OD-TIMU), no Pará, foi concluída nesta última semana de janeiro. A ação é uma das maiores investidas do governo federal contra o garimpo ilegal na Amazônia. 

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Com a coordenação da Casa Civil, a força-tarefa composta por diversos órgãos federais, conseguiu destruir equipamentos e interromper a logística que sustenta a mineração ilegal na região. Na força-tarefa estão os Ministérios da Justiça, da Defesa e dos Povos Indígenas, além do Exército Brasileiro e Polícia Federal.

Também, participam, a Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Ibama, ICMBio, Funai, Agru, Abin, Censipam, Secom, Anac, ANTT e ANP. A operação foi realizada com base em ação movida no Supremo Tribunal Federal (STF), para garantir a proteção de povos indígenas contra invasões e impactos ambientais, incluindo o avanço do garimpo ilegal. 

Em síntese, o STF determinou a retirada de invasores de terras indígenas, reforçando a necessidade de ações como a da OD-TIMU para a preservação dos territórios protegidos. Os trabalhos começaram, em novembro de 2024.

Ao todo, foram feitas 523 ações de fiscalização e repressão, resultando na inutilização de 90 acampamentos, 15 embarcações, 27 máquinas pesadas, 224 motores e 96.130 litros de óleo diesel, além da apreensão de mercúrio e ouro ilegal. Multas aplicadas somaram R$ 24,2 milhões.

As ações das forças de segurança desarticularam importantes bases de apoio ao garimpo, dificultando a manutenção das atividades clandestinas e forçando muitos invasores a deixarem a área.

Além das ações de desintrusão, a Polícia Federal intensificou a repressão ao comércio ilegal de ouro, com operações que resultaram na apreensão de grandes quantidades do minério, desarticulação de redes criminosas e cumprimento de mandados de prisão e busca em diversos estados.

As investigações indicam que o ouro extraído ilegalmente na Amazônia abasteceu um mercado clandestino estruturado para burlar a fiscalização. Com a finalização da primeira fase, a Operação Munduruku vai continuar em novas etapas para garantir a completa retirada dos invasores e impedir o retorno das atividades ilegais na Terra Indígena Munduruku.

Ainda nesta sexta-feira (31), está prevista uma reunião geral na base operacional de Jacareacanga, onde os resultados da primeira fase serão apresentados às lideranças indígenas e às instituições envolvidas.

Neste sábado, 1º de fevereiro, também deve haver uma coletiva de imprensa na sede do ICMBio, em Itaituba, para divulgar os avanços e os próximos passos da operação. O Governo Federal reforça que a desintrusão da Terra Indígena Munduruku vai seguir de forma contínua e estratégica, com monitoramento aéreo, e as forças de segurança e fiscalização vão permanecer em atuação.

Economia