Maior Plano Safra da história destina R$ 11 bilhões para o agro na Amazônia
Linhas de crédito já estão sendo ofertadas pelo Banco da Amazônia (Basa) a produtores da região
Linhas de crédito já estão sendo ofertadas pelo Banco da Amazônia (Basa) a produtores da região
O agronegócio na Amazônia vai contar com R$ 11 bilhões em linhas de crédito para os próximos 12 meses, o maior valor histórico já disponibilizado pelo Banco da Amazônia (Basa) por meio do Plano Safra, do governo federal. O lançamento do programa foi feito nesta quinta-feira, na sede da instituição em Belém, com a presença do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Em vigor desde 1º de julho até 30 de junho de 2025, o Plano Safra do Basa destinará R$ 3,3 bilhões em investimento e R$ 7,7 bilhões em custeio.
Desse montante, R$ 1,3 bilhão será voltado especificamente para agricultores familiares, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), enquanto pequenos e médios produtores terão acesso a R$ 5,3 bilhões. A agricultura empresarial receberá o restante dos recursos. Os valores podem variar positivamente, assim como na última safra, quando o investimento total foi de 108% da quantia anunciada (R$ 9,9 bilhões).
A taxa de custeio para agricultura familiar será a partir de 1,5% ano e as taxas de investimento a partir de 0,5% ao ano. Para a agricultura empresarial, a taxa de custeio começará em 6,75% ao ano, enquanto a taxa de investimento será a partir de 6,48% ao ano. Para projetos de sustentabilidade, as chamadas linhas de crédito verde têm taxas a partir de 6,04% ao ano.
O ministro Carlos Fávaro enfatizou o aumento significativo dos recursos em comparação ao último governo, apontando um incremento de 40% no valor total e uma redução de 23% nos custos de produção.
“Estamos falando de um Plano Safra que será 63% mais efetivo. Com taxas de juros menores para produtores que adotam boas práticas, incentivamos uma produção sustentável”, destacou.
Em todo o país, serão ofertados R$ 508,5 bilhões para impulsionar o agro brasileiro.
Fávaro também mencionou parcerias internacionais, como a feita com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), que traz mais recursos para fomentar a agricultura sustentável na Amazônia. “Investir na Amazônia é investir na produção brasileira de forma sustentável, respeitando o meio ambiente e aproveitando os recursos naturais de maneira responsável”, acrescentou.
O presidente do Basa, Luiz Lessa, ressaltou a importância do investimento na Amazônia, que é 11% superior à última safra (2023/2024). “Com esses recursos, que possuem um custo muito adequado, trazemos desenvolvimento, emprego e renda para a região, que é o nosso propósito”, afirmou.
Lessa também anunciou que, no próximo mês, haverá o lançamento do “Basa Acredita”, que vai condensar todos os programas do banco atualmente voltados aos pequenos empreendedores dentro do Programa Acredita do governo federal.
O senador Beto Faro (PT), uma das autoridades presentes na cerimônia, falou sobre a necessidade de ampliação de recursos para a Amazônia. “Tem dinheiro no Banco do Brasil e Caixa Econômica, mas é pouco pra essa região. Precisamos trazer mais recursos, e o FNO [Fundo Constitucional de Financiamento do Norte] não dá mais conta”, pontuou.
Segundo Fávaro, há um acompanhamento contínuo feito pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda para garantir que os bancos públicos performem de acordo com as metas estabelecidas. “Caso algum banco não atinja os objetivos, os recursos podem ser realocados para outras instituições que estejam mostrando melhor desempenho. Esse monitoramento é fundamental para evitar que produtores fiquem sem acesso aos recursos necessários”, explicou o ministro.
Valores
Destinos
Taxas da agricultura empresarial
Taxas da agricultura familiar
Taxa das linhas verdes