Líder no País, Pará registra crescimento de 55% na exportação de produtos
Parauapebas e Canaã dos Carajás ocupam o 3º e 4º lugar entre os municípios que mais exportam no Brasil
Uma boa notícia para a economia paraense: o Pará apresentou um crescimento de 55% na exportação de produtos no primeiro quadrimestre de 2021, se comparado ao mesmo período do ano passado. A alta garante a manutenção no topo do ranking dos estados brasileiros com melhor saldo positivo na balança comercial – mais de US$ 8 bilhões nesses quatro primeiros meses do ano.
Os municípios que lideram as exportações continuam sendo Parauapebas e Canaã dos Carajás, ambos na região sudeste. As cidades ocupam as posições de 3º e 4º lugar nos municípios que mais exportam no Brasil.
Apesar do aumento do número de exportações, o Estado caiu uma posição no ranking das unidades federativas que mais exportaram nesse período, de 3º para 4º lugar. “No saldo positivo, continua na liderança. Essa queda é normal, são contratos sendo avaliados, renovados ou não. A diferença é bem pequena”, afirmou a coordenadora do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Cassandra Lobato.
Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam que os produtos mais exportados foram minérios de ferro e seus concentrados, responsáveis por 74% da exportação – óleos combustíveis de petróleo, adubos ou fertilizantes químicos; seguidos de minérios de cobre, com 9,4% e alumina, com 4,1%.
Cassandra reforça que os minérios são o carro-chefe da produção paraense, principalmente o minério de ferro, que teve uma variação de crescimento de 90,23%. “Isso é algo muito grande”, ponderou.
O principal comprador dos produtos paraenses continua sendo a China, considerado pela coordenadora da Fiepa um grande parceiro do Pará. “Sabemos que a China compra minérios, mas também compra outros produtos da gente, como soja, derivados da madeira, carnes de bovinos. A China, que concentrava nos minérios, começa a diversificar as compras dela, principalmente as commodities agrícolas”, explicou.
Mas os minérios não vão apenas para os chineses. Segundo a Fiepa, parte da Alemanha recebe essa produção, que é considerada a principal do território paraense. Para os Estados Unidos, o Pará consegue exportar madeira e, no que diz respeito aos blocos econômicos, uma grande parceira do Estado, apontada pela coordenadora da Fiepa, é a União Europeia. “Infelizmente, o Mercosul é um bloco que não nos favorece, temos 0,24% de exportação. Ainda não favorecem”, pontua.
Vale registrar o crescimento de produtos tradicionais, como o camarão, que teve um aumento de mais de 6.000% na exportação para o Japão.
Importação
Ainda de acordo com o balanço, houve um aumento também no número de importações – 3,6% nos meses de janeiro a abril, com destaque para a importação de produtos para a indústria e máquinas e equipamentos justamente para a mineração.
“O minério consegue segurar a economia. É impressionante que, enquanto muitas unidades federativas do país fecham negativo, o Estado figura em um bom cenário, consegue segurar esse momento de pandemia, de crise, devido aos produtos oferecidos, especialmente as commodities, minerais e as agrícolas”, conclui Cassandra.