Leilão de petróleo e gás no pré-sal tem apenas um bloco arrematado; BP Energy vence licitação
Já no leilão de concessão, foram arrecadados R$ 422 milhões, com 192 áreas arrematadas, sendo 143 blocos exploratórios em terra e 48 no mar (pós-sal)
O leilão de áreas de exploração de petróleo e gás natural no pré-sal, realizado pelo Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), teve como desfecho apenas 1 dos 5 blocos ofertados sendo arrematado. A empresa vencedora foi a britânica BP Energy, que conquistou a licitação do bloco de Tupinambá, na bacia de Santos, com uma oferta de 6,5% de excedente em óleo, um ágio de 33% acima do mínimo exigido. A outorga para o governo será de R$ 7 milhões.
O bloco de Tupinambá receberá investimentos de R$ 360 milhões, mas ainda serão necessárias pesquisas para confirmar as reservas e avaliar a viabilidade de produção, uma vez que se trata de uma área de exploração.
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O 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da ANP contou com a participação de seis empresas multinacionais, incluindo a BP Energy. Entretanto, os blocos mais valiosos do leilão, como Cruzeiro do Sul, Esmeralda, Jade e Turmalina, não receberam lances.
Ágio médio atingiu 180% acima dos lances mínimos
Enquanto isso, no leilão de concessão, foram arrecadados R$ 422 milhões, com 192 áreas arrematadas, sendo 143 blocos exploratórios em terra e 48 no mar (pós-sal). O ágio médio atingiu 180% acima dos lances mínimos, superando 400% em alguns setores, e os investimentos previstos nas concessões alcançam R$ 2 bilhões para pesquisa exploratória.
A bacia de Pelotas se destacou, reunindo 44 blocos exploratórios marítimos no sul do Brasil e arrecadando R$ 298 milhões em outorgas, equivalente a 70% do total arrecadado no ciclo. No ambiente terrestre, a Elysian foi a grande vencedora, destacando-se entre empresas de pequeno e médio porte que disputaram áreas em terra. No geral, 16 empresas saíram vencedoras do leilão, com Petrobras, Shell, Cnooc Petroleum, Chevron, Equinor e Karoon entre as grandes petroleiras que conquistaram áreas marítimas.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, comemorou os 100% de aproveitamento, ou seja, levou todos os blocos almejados. Prates classificou a Bacia de Pelotas de uma nova fronteira para a estatal.
“A gente precisa verificar novas fronteiras, repor reservas para manter, mais ou menos, o fluxo que é necessário de consumo de petróleo ainda para as próximas três, quatro, cinco décadas”, disse.