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Legado da COP para o Pará é debatido durante evento em NY

Até o dia 27 de setembro, exposição promovida pela Embratur vai mostrar potencial turístico do estado com uma série de destaques regionais

O Liberal

O legado que o Pará deverá ter depois da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 foi tema de um painel durante o Visit Brasil Gallery Amazon, nesta terça-feira (24). O evento ocorre em Nova York, nos Estados Unidos, até o dia 27 deste mês e é realizado pela Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) com o objetivo de promover a cultura dos destinos turísticos brasileiros. 

O titular da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), Eduardo Costa, participa como painelista do encontro. O painel COP 30 e o Futuro Sustentável do Turismo no Pará: Perspectivas e Oportunidades reuniu especialistas e líderes para discutir as implicações e oportunidades que a conferência mundial sobre mudanças climáticas trará para o turismo sustentável no Pará.

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O debate abordou como o evento global pode impulsionar o turismo responsável e sustentável na região, promovendo práticas que valorizam a biodiversidade e as culturas locais, alinhando o desenvolvimento turístico com a preservação ambiental e a inclusão social no Pará, destacando seu potencial como destino único no cenário internacional do turismo sustentável.

A programação também conta com artesanato, cooking show, exposições digitais e o lançamento do Projeto Amazônia 360.

Para Eduardo Costa, da Setur, a COP 30 deixará um legado profundo e duradouro. "Além dos benefícios econômicos imediatos, como o aumento do fluxo de turistas e a criação de empregos temporários durante o evento, a COP 30 representará uma oportunidade ímpar para elevar a reputação do Pará como um destino turístico de excelência, enraizado em sua rica biodiversidade e herança cultural”, ressaltou.

“Ao sediar um evento de importância global, o Pará vai poder apresentar ao mundo suas maravilhas naturais, diversidade cultural e seu compromisso com a sustentabilidade ambiental. Essa exposição internacional tem o potencial de atrair um contingente maior de turistas no futuro, ansiosos por explorar a Amazônia e absorver a essência única do Pará”, complementou o secretário.

Culinária

Recentemente nomeado 1° Embaixador Gastronômico da ONU Turismo, o chefe paraense Saulo Jennings apresenta para degustação no evento um pirão amazônico. Com o título de embaixador, ele representa o país como referência de valorização de culinária inspirada na cultura alimentar da região tapajônica, no oeste do Pará.

Com drinks que celebram a Amazônia, impulsionando o setor de alimentos e bebidas, a economia criativa, a inovação e o desenvolvimento sustentável local, o mixologista Yvens Penna mostra em Nova Iorque toda a variedade da sua coquetelaria.

Os participantes também poderão degustar chocolates regionais, da Chocolates De Mendes, produzidos pela comunidade Acará-Açu, situada às margens do Rio Acará, nordeste do Pará. As amêndoas de cacau desta área de várzea apresentam características sensoriais diferenciadas devido à complexidade do solo e do microclima da região. Elas são pré-processadas por uma comunidade de ribeirinhos agroextrativistas.

Outro destaque é a distribuição de muiraquitãs, amuleto tradicional da cultura indígena da Amazônia, conhecido por sua forte simbologia mística. Essas pequenas esculturas, muitas vezes em forma de sapos ou outros animais, eram usadas principalmente pelas mulheres do Povo Tapajó, associadas a atributos de proteção, fertilidade e boa sorte.

O muiraquitã carrega uma rica história, representando não apenas a espiritualidade dos povos indígenas, mas também a conexão profunda com a natureza amazônica, tornando-se um símbolo da força e sabedoria ancestrais.

Artesanato

Na programação da galeria também haverá a Mostra Marajoara, integrada pelos coletivos “Arte Mangue Marajó”, “Mãos Caruanas” e “Replicando o Passado”. “O mais importante é enfatizar que esta arte milenar está muito viva nas mãos dos artistas locais. Trazemos réplicas, leituras e releituras contemporâneas da cerâmica arqueológica marajoara, e também criações escultóricas sensíveis, inspiradas na relação que as pessoas possuem com os mangues”, disse Helena Lima, curadora da Coleção Arqueológica do Museu Paraense Emílio Goeldi e coordenadora do “Replicando o Passado”.

Exposições digitais

Dois artistas paraenses terão sua obra exposta na galeria durante o evento. Idealizada por Sebá Tapajós, a exposição digital "Street River Amazônia - Primeira Galeria Fluvial da Amazônia", leva artistas de grafite para a Amazônia, promovendo a arte urbana em comunidades ribeirinhas. Os artistas criam murais nas paredes das casas, integrando a arte contemporânea à paisagem natural e cultural da região. Essa iniciativa busca valorizar e fortalecer a identidade local, além de sensibilizar sobre a importância da preservação ambiental.

Outra exposição digital é "Mulheres da Amazônia", com a participação da artista paraense Laíza Ferreira, cuja obra entrelaça memória, ficções, territórios e temporalidades para criar novas possibilidades de reexistência. Por meio de colagens, ela estimula a imaginação para reconectar-se com aqueles que vieram antes e preencher as lacunas deixadas pelo apagamento da cultura amazônica. A busca por preencher essas lacunas de memória tem impulsionado sua arte desde a infância. 

Amazônia Viva

Também será apresentada a Campanha Amazônia Viva, uma experiência em 360º imersiva pela região do Rio Tapajós, que visa sensibilizar para a preservação da Amazônia. O filme é uma das principais ferramentas de sensibilização, formação e engajamento de lideranças e comunidades religiosas, e do público em geral, sobre a preservação da Amazônia e a defesa dos direitos dos povos indígenas. O filme é oferecido gratuitamente para todos os interessados em promover a conscientização sobre a proteção da floresta.

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