Ícone Menu

MENU

Ícone pesquisa

BUSCA

Ícone kwai
Ícone linkedin
Ícone facebook
Ícone twitter
Ícone whatsapp
Ícone telegram
Ícone youtube
Ícone tiktok
Ícone instagram

Laranja e tangerina recuam de preço no início de 2025 em Belém, mas alta ultrapassa 19% em 1 ano

Limão também acompanha queda das frutas cítricas; apesar do recuo nos preços, tangerina ficou quase 25% mais cara nos últimos 12 meses.

Jéssica Nascimento
Foto: Wagner Santana

Tanto a laranja quanto a tangerina tiveram queda no preço nos supermercados e feiras livres de Belém no início deste ano, segundo pesquisa do Dieese/Pa (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará), divulgada nesta terça (12/03). Apesar do recuo, os dados mostram que os preços do quilo das duas frutas continuam com percentuais de reajustes elevados, inclusive quando comparados com a inflação calculada em 4,87% INPC/IBGE para os últimos 12 meses. Além disso, o limão acompanhou a mesma tendência das frutas cítricas. Ele teve queda no preço neste início de 2025, mas alta acumulada no último ano.


Em fevereiro de 2025, o preço médio do quilo da laranja ficou em R$ 7,93. O número representa um recuo de 4,92% em comparação ao preço da fruta em janeiro (R$8,34) e de 3,41% em relação a dezembro de 2024, quando ela chegou a custar R$8,21. No entanto, nos últimos 12 meses, o quilo da laranja acumula alta de 19,25%, segundo o Dieese/Pa. Em fevereiro de 2024, o preço médio da fruta cítrica custava R$ 6,65.

Tangerina encarece quase 25% em um ano  

Já a tangerina teve uma pequena redução de preço no último mês e alta tanto em 2025 quanto no intervalo de um ano. Segundo o Dieese/Pa, em fevereiro, o preço médio do quilo da fruta custou R$ 15,99 nos supermercados e feiras livres da capital. O número representou um recuo de apenas 0,87% em relação a janeiro, quando a fruta custava R$ 16,13. 

No ano de 2025, contudo, ela acumula alta de 10,89%, uma vez que custava R$ 14,42 em dezembro de 2024. Além disso, a tangerina ficou 24,82% mais cara desde fevereiro do ano passado, quando o preço médio do quilo custava R$ 12,81.

Em um supermercado visitado pelo Grupo Liberal na manhã desta quinta (13/03), o preço do quilo do limão e laranja pera regionais estava R$ 3,98 e R$ 7,90 respectivamente. O quilo da laranja lima custava R$ 16,50. As tangerinas nacionais variavam entre R$ 13,90 e R$ 15,90. Já o preço do quilo do limão siciliano estava R$ 14,75. 

O impacto da sazonalidade no preço da laranja e tangerina

Everson Costa, supervisor técnico do Dieese/Pa, explica que a laranja e a tangerina são commodities com uma forte demanda externa, especialmente a laranja, que é um dos principais produtos fornecidos pelo Pará. 

No entanto, a sazonalidade da safra impacta diretamente o preço dessas frutas.

“A flutuação de preço das frutas está atrelada a variações climáticas que encarecem o custo, afetam a qualidade e o tamanho das frutas, o que influencia diretamente o preço final”, comenta Costa.

Ele também destaca que o inverno amazônico e as distâncias de transporte, especialmente para frutas como a laranja paulista, aumentam o custo do frete, resultando em preços mais elevados. 

Segundo Costa, “os preços mais altos são comuns durante o período chuvoso e este ano, em março, ainda podemos observar uma flutuação, mas sem grandes mudanças nos preços”. No entanto, o impacto dos custos de produção tem levado a aumentos expressivos no preço, como demonstram os dados do último ano.

Limão: queda no preço, mas alta acumulada

Em relação ao limão, Costa observa que houve uma queda no preço em fevereiro de 2025, com uma redução superior a 20%. Contudo, ao comparar com os últimos 12 meses, o preço acumulado do limão teve uma alta de 20,37%

Ele sugere que, se as condições climáticas de 2024 se repetirem, a tendência de aumento nos preços das frutas cítricas pode continuar até o meio do ano, com uma expectativa de queda no segundo semestre de 2025.

O que os consumidores dizem?

As consumidoras de Belém também compartilham as experiências com a flutuação dos preços das frutas cítricas. 

Francisca Queiroz, professora estadual, relata que o preço da laranja passou por grandes variações nos últimos tempos. “Houve uma época em que a laranja estava custando R$ 14 o quilo, mas agora o preço caiu consideravelmente”, afirma. 

Ela também menciona que, com a variação dos preços, ela acaba balanceando o consumo de frutas conforme o valor de mercado. “Na idade que estou, tenho que preservar a qualidade de vida. Às vezes, deixo de comprar a laranja ou a tangerina dependendo do preço”, explica.

Queiroz ainda ressalta a influência das condições climáticas na formação de preço.

“A laranja do sudeste, especialmente de Limeira (SP), sofre com o verão intenso, o que impacta diretamente o preço”, comenta, com a esperança de que a estabilização do clima possa resultar em uma redução nos preços.

Pesquisas de preço: a experiência de Michelliny Bentes

Michelliny Bentes, engenheira florestal, também observa uma queda nos preços das frutas cítricas neste início de 2025.

“Eu percebi uma leve queda no preço da laranja e tangerina, que chegaram a R$ 13 o quilo, mas hoje o preço já está em torno de R$ 11”, relata. 

Contudo, ela admite que, apesar da redução, o preço das frutas cítricas ainda as torna inacessíveis para compras frequentes. “A tangerina, que sempre custa entre R$ 13 e R$ 16, ainda não entrou na minha cesta. Acabo optando por frutas da estação”, explica Bentes.

Ela também compartilha uma perspectiva mais cautelosa sobre o futuro. “Não sei se os preços continuarão caindo. Isso depende de muitos fatores, como clima e produção”, reflete.

Surpresa com a queda do limão: a opinião de Marlete Sena

Marlete Sena, secretária de advocacia, expressa surpresa com a queda significativa no preço do limão.

“Cheguei a pagar R$ 12 o quilo do limão, mas agora, em fevereiro, o preço caiu para R$ 3,98”, diz ela, destacando que essa redução tem sido vantajosa para seu consumo. 

Ela também observou que o preço dos limões foi alto até o final de 2024, mas a queda de preços em janeiro de 2025 trouxe um alívio para os consumidores.

 

 

 

Economia