Puxada por alimentação e bebidas, inflação em Belém tem alta de 0,54% em março
IBGE aponta desaceleração no índice em relação à fevereiro, quando o IPCA em Belém fechou em 0,69%
IBGE aponta desaceleração no índice em relação à fevereiro, quando o IPCA em Belém fechou em 0,69%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerada a inflação oficial do país - apresentou um aumento de 0,54% em março, em Belém, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (10). Com isso, apesar da alta, houve uma pequena retração na comparação com fevereiro, quando o IPCA em Belém fechou em 0,69%.
Em todo o Brasil, a inflação fechou em 0,16% em maço, o que representa uma retração na comparação com mês anterior, quando o índice nacional foi de 0,83%.
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Entre as 16 capitais que fizeram parte do levantamento, Belém é a segunda na lista com maior inflação no mês, perdendo apenas para São Luís, que marcou 0,81%. Na lista, apenas Porto Alegre registrou queda de (-0,13%) no IPCA em março.
O maior impacto do mês, em Belém, veio do grupo Alimentação e bebidas, com alta de 1,32% no índice geral. A variação é maior que a registrada em fevereiro, quando os preços do grupo haviam subido 0,92% na capital paraense. Dentre os alimentos que mais puxaram a inflação na cidade, em março, estão tomate (4,99%), cebola (8,35%), brócolis (7,14%) e a banana (7,35%).
Para a consumidora Antônia Brioso, tomate e cebola são parte da sua cesta básica e afirma que o aumento do valor desses alimentos vai pesar no seu gasto com a alimentação. "São alimentos muito importante na alimentação da minha casa assim como na de grande parte dos belenenses. Eu uso a cebola porque gosto no paladar, e também como anti-flamatório, e atribuições. Então, no fim das contas, com certeza vai pesar no bolso", pontuou a professora.
"A banana pra mim é fundamental, é boa e cheia de nutrientes pra nossa dieta. É uma das melhores frutas que temos mas fica díficil comprar sempre", completou.
Francisco Coral é corretor de imóveis e disse que sentiu o aumento desses alimentos no bolso e busca alternativas para contornar o aumento de preço. "Com as frutas eu lido da maneira mais simples possível: Não compro e supro isso através de outras frutas, como a melancia. Mas não dá pra fazer o mesmo com cebola e tomate, por exemplo. Esse daí já não tem como evitar, você tem que comprar já em quantidade menor ou ficar de olho nas promoções", explica o consumidor.
Além deste grupo, os grupos de Saúde e cuidados pessoais e transportes, com aumento de 0,80% e 0,63% respectivamente, foram os que tiveram maior impacto neste mês. Assim, o resultado final do mês representa uma desaceleração contra o mês anterior, já que o IPCA havia fechado fevereiro com alta de 0,83%. E em março de 2023, teve alta de 0,71%.
O país tem uma inflação acumulada de 3,93% em 12 meses. No acumulado do ano, a alta é de 1,42%.
O resultado de março veio abaixo das expectativas do mercado financeiro, que esperavam aumento de 0,25% dos preços. No acumulado, era esperada uma alta de 4,01%.