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Investimento com cursos preparatórios pode chegar a R$ 2.170, aponta concurseiro

Início de ano lidera procura de alunos por matrícula com crescimento cerca de 75% maior que nos demais meses

Maycon Marte
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A preparação para participar de concursos exige tempo e dinheiro, custos que, em Belém, podem variar de R$ 600 a R$ 1.200, de acordo com o diretor de um cursinho da cidade. Embora existam diferentes pacotes e promoções, além dos valores de matrícula, também são aplicadas cobranças adicionais pelo material didático específico para cada preparação. Para o concurseiro e administrador, Nilton Lima, de 22 anos, conta que a sua a preparação envolveu um tempo de quase um ano e custou em torno de R$ 2.170, superando a estimativa.

Lima explica que passou por pelo menos dois cursos preparatórios, cada um com a duração de três meses, aproveitando pacotes promocionais. Essas ofertas incluíam o total de três meses por um custo de R$ 490, com direito aos materiais utilizados. A sua experiência é apenas em concursos do segmento bancário.

“Estou desde fevereiro do ano passado me preparando para concurso da área bancária, fiz um preparatório que custou R$ 490, sendo três meses de curso, depois troquei para um lugar onde peguei uma turma na metade do andamento, então foi descontado o tempo que eu perdi e entrei pagando R$ 350, por um mês e meio, mas logo após o fim dela iniciei uma normal,pagando R$ 490, por três meses, mas, o valor integral sem promoção era de R$ 590”, explica.

Na capital, o professor em um dos cursos preparatórios focados em concursos públicos Gustavo Balbino explica que a busca mais intensa de alunos nos primeiros momentos do ano se justifica “principalmente pelas promessas de início de ano”. Ele se refere aos anúncios recentes de editais. “Esse ano aumentou um pouco mais a procura, principalmente devido às notícias de novos concursos. O prefeito de Belém anunciou o concurso da Guarda Municipal, por exemplo”, afirma.

O perfil dos alunos de cursos preparatórios também varia, em especial, conforme o edital de interesse. É comum encontrar nos corredores dos preparatórios dois principais tipos: os de turmas curtas e os de turmas longas sem necessidade de edital. O primeiro formato é mais focado em concursos após a sua divulgação, são pessoas que esperam as datas para começarem suas preparações, em turmas que duram cerca de três meses em média. O segundo é composto por estudantes que normalmente possuem um concurso específico em mente, esses começam a se preparar mesmo sem data ou lançamento de edital.

O concurseiro Alexandre Galdino, de 19 anos, é um exemplo do segundo tipo, começando sua preparação no ano de 2022, com foco em passar no concurso da Polícia Federal (PF). “Estou há quatro anos estudando e já tive algumas aprovações, dentre elas: oficial de bombeiro, praça do bombeiro, marinha, guarda municipal e ainda continuo na luta porque desde o princípio eu comecei a estudar para o concurso da PF, e sigo a expectativa”, explica.

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Foco na redação

O diretor de um curso preparatório na capital paraense, Pedro Gama, de 29 anos, explica que a busca de alunos pela preparação cresce cerca de 75% no início do ano, em relação aos demais meses. Isso porque, segundo ele, é o momento em que se começa a planejar o processo de preparação. “Isso demanda um comprometimento que vai desde janeiro até a aplicação da prova, geralmente isso que leva a esse movimento”, detalha.

Gama reforça que percebe uma “multiplicação de cursos preparatórios”, assim como um interesse forte do público por formatos menos convencionais. A sua experiência é principalmente na preparação para a redação, sendo professor de redação, literatura e de língua portuguesa, além de proprietário de uma livraria. Os preços nesse segmento mais específico também podem variar bastante, como observa.

“A média de quanto custa um cursinho preparatório hoje é de R$ 600 a R$ 1.200, isso fora a taxa de material, mas, nos cursos mais específicos como os de redação, você consegue uma média menor, por ser uma matéria isolada. Nestes, você consegue de R$ 150 a R$ 450, o que depende do projeto, da gestão, do professor e do lugar”, explica.

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