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Infestação de pragas deixa água de coco mais cara em Belém

Além do último verão prolongado, uma infestação de pragas estaria afetando o preço do coco na capital

Maycon Marte | Especial para O Liberal

Enquanto se recuperam das ondas de calor intensas do último verão, produtores locais também enfrentam uma infestação de pragas nas suas plantações de coco. Na capital belenense, devido a alta demanda, os vendedores subiram o preço do produto para sete reais na intenção de manter o lucro. A preocupação agora é para conter o avanço das pragas antes que o prejuízo se torne irreversível.


O vendedor de coco, Franklin Farias, que trabalha a seis anos com o produto na capital paraense, já sente os impactos da escassez e lembra que com a produção local afetada, a solução foi comprar o produto de outros estados, como Bahia e Paraíba. “Desde dezembro tá em falta aqui no Pará infelizmente, tá como se fosse o açaí na entressafra e aí a gente tá mandando ir buscar na Bahia e com preço de frete essa coisas, tá mais caro”.

Segundo o comerciante, as informações que possui dos fornecedores apontam como dois grandes fatores para a baixa na produção, o verão intenso do último ano e o ataque de pragas às plantações. “O verão que foi muito forte e tá dando uma praga na plantação, que tá morrendo muitos pés de coco e ele falou que, se não conseguir combater daqui com três, quatro anos, não tem mais coco aqui no Pará”, declara.

O vendedor lembra que devido aos novos casos de infecções por coronavírus no estado, a busca pela água de coco aumentou e lamenta não conseguir atender a demanda. Ainda demonstra preocupação sobre o futuro das safras no estado. “O fornecedor nosso, aqui do Pará, ele falou que tem uma posição que no início de março o coco dele vai estar bom para venda, ainda tem a praga que ele tá combatendo, aí a gente tem que improvisar, buscar não deixar faltar de forma alguma, claro que infelizmente o consumidor vai sentir um pouco no bolso, porque a gente como vendedor está comprando um pouco mais caro”, lamenta.

Apesar de também sentir o aumento no preço, o vendedor Maurício de Oliveira, ainda tenta segurar o valor do produto na sua barraca. Para ele, que ainda vende o coco a seis reais, a demanda pela água de coco devido ao retorno de casos de covid-19 somada aos problemas na produção podem contribuir para que ele acabe elevando os preços. “Talvez vá daqui dois meses para sete reais, pode aumentar devido estar dando um negócio de vômito, diarreia, gripe e também o coco é essencial para isso”, aponta.

A reportagem entrou em contato com a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) para saber quais ações já estão sendo tomadas mas ainda não obteve resposta.

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