Importação de arroz pelo Brasil dispara no acumulado de setembro
A importação do arroz com casca somou 6,9 mil toneladas até a segunda semana, já superando as 4,4 mil toneladas de todo o mês de setembro de 2019
As importações de arroz com ou sem casa pelo Brasil aumentaram fortemente neste mês, até a segunda semana, na comparação com a média diária registrada em setembro completo de 2019, diante de preços recordes no mercado nacional que levaram o governo a isentar de tarifas uma cota para compras externas, na semana passada.
As maiores importações comparativamente com 2019, de acordo com dados do Ministério da Economia divulgados nesta segunda-feira, ocorreram apesar de um câmbio desfavorável para compras externas e de um preço em dólar mais de 20% maior.
A média das aquisições de "arroz com casca, paddy ou em bruto" disparou 310,9%, para 864,3 toneladas ao dia, enquanto os preços de importação atingiram 337,3 dólares por tonelada, alta de 27,52%, conforme os dados do governo.
Ao todo, a importação desse tipo de arroz no acumulado do mês até a segunda semana somou 6,9 mil toneladas, já superando as 4,4 mil toneladas vistas em todo o mês de setembro de 2019.
Já as importações de arroz "sem casa ou semi elaborado, polido, glaceado, quebrado, parbolizado ou convertido" somaram 3,3 mil toneladas ao dia, alta de 14,74% ante a média do mesmo mês do ano passado, acumulando um total de 26,7 mil toneladas até a segunda semana.
As importações cresceram em meio a expectativas de que o governo poderia isentar uma cota de tarifa, o que acabou se confirmando, e diante de preços recordes no mercado nacional acima de 100 reais a saca de 50 kg no Rio Grande do Sul, conforme indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), valor que representa mais que o dobro do visto no mesmo período do ano passado.
Entre os principais fornecedores de arroz ao Brasil estão os países do Mercosul, mas com o câmbio desfavorável esse negócios tinham sido menos intensos até o mês passado.