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Ibovespa toca os 131 mil e encerra no pico desde 28/10, em alta de 1,46%

O giro foi de R$ 23,1 bilhões na sessão, em que o Ibovespa saiu de abertura aos 128.959,10, nível quase equivalente à mínima do dia, aos 128.957,09 pontos.

Estadão Conteúdo
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O Ibovespa costurou o quarto ganho consecutivo - sua mais longa sequência vitoriosa desde agosto, o mês em que estabeleceu sua máxima histórica mais recente, na casa dos 137 mil - e testou os 131 mil pontos no melhor momento da sessão, marca que não era tocada no intradia desde 7 de novembro. Assim, no maior nível do ano pela segunda sessão seguida, e pela primeira vez tocando e superando os 130 mil em 2025, o Ibovespa encerrou a segunda-feira, 17, em alta de 1,46%, aos 130.833,96 pontos, atingindo os 131.313,48 no pico desta segunda-feira.

O giro foi de R$ 23,1 bilhões na sessão, em que o Ibovespa saiu de abertura aos 128.959,10, nível quase equivalente à mínima do dia, aos 128.957,09 pontos.

No mês, o índice avança 6,54% e, no ano, acumula ganho de 8,77%. No fechamento desta segunda-feira, marcava o maior nível de encerramento desde 28 de outubro passado, então aos 131.212,58 pontos.

Neste começo de semana com deliberação sobre a Selic - espera-se nova alta de 100 pontos-base, que colocaria a taxa básica de juros a 14,25% ao ano, na quarta-feira -, o Ibovespa contou com apoio bem distribuído entre as blue chips, com destaque para Petrobras (ON +2,32%, PN +1,86%).

Os bancos também foram bem nesta abertura de semana, com Itaú (PN +3,00%) à frente. Vale ON, por sua vez, subiu 1,44%. Na ponta ganhadora, Vamos (+6,08%), Magazine Luiza (+5,63%) e Hapvida (+5,05%). No lado oposto, SLC Agrícola (-3,92%), B3 (-3,50%) e Natura (-3,16%).

"Há destravamento de valor no Ibovespa. Não há, no momento, tantas tensões políticas no radar, embora a questão fiscal permaneça presente. Vale e Petrobras têm contribuído para trazer força para o índice, mas as altas têm se mostrado bem distribuídas, embora a temporada de balanços do quarto trimestre, de forma geral, não tenha sido tão boa quanto a anterior para as empresas listadas", diz Rubens Cittadin, operador de renda variável da Manchester Investimentos, acrescentando que o Ibovespa estava muito "descontado", o que ampara a recuperação em curso.

Analistas têm apontado a possibilidade de uma rotação de ativos em curso, após o S&P 500 ter entrado em correção ante as máximas de fevereiro, o que explicaria a entrada de fluxo estrangeiro e a acomodação do câmbio em nível mais apreciado para o real. Nesta segunda-feira, o dólar à vista encerrou o dia em baixa de 0,99%, a R$ 5,6864. A curva de juros doméstica também tem se mostrado mais acomodada em relação aos excessos vistos especialmente no fim do ano passado.

Análise técnica do Itaú BBA aponta que a tendência de curto prazo ainda é indefinida para o Ibovespa, embora o índice pareça estar "a um passo de retomar a trajetória altista". Acima dos 129.600 pontos, a análise gráfica do Itaú BBA indica que o Ibovespa poderá buscar os 132.300 pontos, o que abriria caminho, posteriormente, para ir em direção aos 137.469 pontos - nível correspondente à mais recente máxima histórica, atingida durante a sessão de 28 de agosto passado.

"O principal driver do dia foi China, onde saíram dados econômicos melhores, além do possível anúncio de novos estímulos, que impactaram positivamente commodities, o carro-chefe da sessão", diz Rodrigo Marcatti, economista e CEO da Veedha Investimentos, destacando a ultrapassagem do importante marco dos 130 mil pontos pela primeira vez no ano.

"Mercado brasileiro tem mostrado melhora na margem, dia após dia, vindo de uma semana boa. E há fluxo de capital estrangeiro entrando", o que ajuda a entender o ajuste no dólar, que "caiu bastante hoje frente ao real", diz Marcatti. "Possibilidade de pacificação na Ucrânia também contribui" para a melhora de cenário, acrescenta. Da agenda doméstica, ele destaca o IBC-Br acima do esperado para a abertura do ano, em janeiro, divulgado nesta manhã.

"Mesmo com ambiente de política monetária mais restritivo, a atividade econômica pelo IBC-Br, considerado como prévia do PIB, iniciou 2025 em ritmo mais forte do que se pensava, em alta de 0,9% na margem - o que também contribuiu para o avanço da Bolsa e a queda do dólar, na sessão", diz Virgílio Lage, especialista da Valor Investimentos.

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Economia
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