IBGE: Inflação em Belém encerra julho com alta de 0,9%; índice subiu 0,66% em comparação a junho
Aumentos da energia elétrica e da passagem aérea puxaram a alta da inflação na capital paraense
No último mês de julho, a inflação na região metropolitana de Belém teve alta de 0,90%. O índice subiu 0,66 ponto percentual (p.p) em comparação com junho (0,24%). Com isso, o indicador acumula alta de 4,56% no ano e de 8,90% nos últimos 12 meses. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na manhã desta terça-feira pelo IBGE.
De acordo com o levantamento, em Belém, a inflação desse ano também foi maior do que a registrada em julho de 2020 (0,72%). A alta foi puxada, principalmente, pelos aumentos da energia elétrica e da passagem aérea.
No mês de julho, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta, sendo que a maior variação (3,69%) veio da habitação, em razão do aumento da energia elétrica (6,94%), que acelerou em relação ao mês anterior (0,37%) e registrou o maior impacto individual no índice.
“Além dos reajustes nos preços das tarifas em algumas áreas de abrangência do índice, a gente teve o reajuste de 52% no valor adicional da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em todo o país. Antes o acréscimo nessa bandeira era de, aproximadamente, R$ 6,24 a cada 100kWh consumidos e, a partir de julho, esse acréscimo passou a ser de cerca de R$ 9,49”, explica o analista da pesquisa, André Filipe Guedes Almeida. Outro produto do grupo que apresentou aumento foi o gás de botijão (4,46%).
O segundo grupo que mais elevou a inflação foi transportes (1,49%), puxado principalmente pelas passagens aéreas, cujos preços subiram 18,22% em julho, depois da queda de 5,68% em junho. Os combustíveis também subiram (2,67%), acumulando alta de 26,78% no ano e de 33,91% nos últimos 12 meses, sendo que o maior aumento foi a gasolina (2,68%), seguido pelo óleo diesel (2,10%).
Depois de ter desacelerado em junho (-0,18%), alimentação e bebidas voltaram a subir em julho, com alta de 0,33%. Segundo o IBGE, os maiores aumentos vieram do tomate (18,65%), da cenoura (13,02%), das carnes e dos peixes industrializados (4,67%). Em contrapartida, caíram os preços da cebola (-13,51%), da batata-inglesa (-12,03%), do arroz (-4,51%) e do açaí (-3,13%).
Um único grupo teve queda na inflação em Belém, no último mês: saúde e cuidados pessoais (-1,11%). Isso foi resultado da redução dos preços dos planos de saúde (-1,40%), principalmente, da decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que autorizou um reajuste negativo de -8,19% em função da diminuição da utilização de serviços de saúde suplementar durante a pandemia.
“Foi o primeiro reajuste negativo autorizado pela ANS desde a sua criação. Esse reajuste é retroativo a maio de 2021 e vai até abril de 2022, a depender do aniversário de contrato dos beneficiários. Assim, no IPCA de julho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio, junho e julho”, explica André Filipe Almeida. Além disso, também tiveram queda os preços de produtos farmacêuticos e óticos (-1,38%).