Haddad diz que projeto do governo Lula para explorar petróleo na Amazônia 'não é bem compreendido'

Petrobras e a Margem Equatorial: Em entrevista ao jornal francês Le Monde, ministro afirmou que não acredita que a exploração de petróleo na região terá consequências ambientais

Gabriel Bueno da Costa (Agência Estado)
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Em entrevista ao jornal francês Le Monde, publicada nesta quarta-feira (29.05), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que acompanhou a demissão de Jean Paul Prates do comando da Petrobras "de longe", mas acredita que a mudança ocorreu sobretudo por "razões de relações pessoais" entre Prates e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, acrescenta que "não há motivo para se preocupar com a Petrobras ". 

"Não há mudanças radicais planejadas e a companhia deve executar seu plano de investimentos", afirma. Haddad também considera na entrevista que o projeto do governo Lula de explorar petróleo na Amazônia "não é bem compreendido".

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Ele diz que não vê contradição entre objetivos ecológicos da administração Lula e essa empreitada. "Em primeiro lugar porque não acredito que a exploração de petróleo nesta região terá consequências ambientais", afirma, acrescentando que o real impacto ecológico "não está na exploração, mas na utilização" do combustível.

Segundo Haddad, há investimentos no Brasil para produzir veículos menos poluentes, híbridos ou adaptados aos biocombustíveis locais.

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Segundo Alexandre Silveira, a legislação ambiental deve ser respeitada no caso, mas não ultrapassada

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Região se estende por mais de 2.500 quilômetros ao longo da costa brasileira, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, passando pelo Pará

Ele diz que o Brasil fornece ao mundo um petróleo de "boa qualidade", mas também iniciou um "grande plano de transição ecológica", com um mix de fornecimento de eletricidade dos mais limpos do mundo.

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