MENU

BUSCA

Governo criará comitê para tentar chegar a acordo sobre exploração de petróleo na Margem Equatorial

Afirmação foi dada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira

O Liberal

Diante do impasse sobre a exploração de petróleo e gás pela Petrobras na chamada Margem Equatorial – região em alto-mar que, no Brasil, se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte - o governo federal decidiu criar um comitê para tentar chegar a um consenso sobre o assunto. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira o comitê será instalado na próxima semana, pela Advocacia Geral da União (AGU), e contará com a presença de representantes do governo.

VEJA MAIS

Margem Equatorial: Senado marca audiência para debater exploração de petróleo na Foz do Amazonas
Tema voltará a ser discutido na Comissão de Infraestrutura (CI) da casa

Margem Equatorial: Petrobras pede prioridade para Nordeste em detrimento da Amazônia
De acordo com o Ibama, Petrobras pediu ao órgão prioridade na análise dos projetos da Bacia Potiguar e uma das licenças deve sair já em setembro

Além da AGU e do ministério das Minas e Energia, farão parte do grupo membros da Casa Civil, do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Os trabalhos do comitê, ainda de acordo com Silveira, terão prazo de 60 dias. As informações foram dadas nesta quinta-feira (7) pelo ministro, que participou do Desfile de 7 de Setembro, em comemoração ao Dia da Independência, em Brasília. Perto dele estava a titular da pasta do Meio Ambiente, Marina Silva.

Margem Equatorial: ‘Ibama não facilita, nem dificulta’ emissão de licenças, diz Marina Silva
Ministra do Meio Ambiente e presidente do Ibama participaram de audiência pública na Câmara dos Deputados

Guiana desponta como potência petrolífera enquanto Brasil trava exploração na foz do Amazonas
Desde 2019, duas plataformas operacionais na Guiana produzem aproximadamente 375 mil barris de óleo por dia

Em maio deste ano, o Ibama negou à Petrobras licença para investigar o potencial de produção de petróleo na região. O primeiro poço que seria perfurado fica a mais de 160 km do ponto mais próximo da costa do Amapá e a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas. Além da distância na superfície, a perfuração do primeiro poço está prevista para ocorrer a cerca de 2.880m de profundidade de lâmina d'água. A empresa pediu para a decisão ser revisada e aguarda nova análise do órgão ambiental.

“Brinquei com ela [a ministra Marina Silva], sentada ao meu lado, [dizendo] que desenvolvimento econômico com frutos sociais, emprego e renda, têm que andar juntos com o meio ambiente. Ela sorriu, disse que ‘tem que mesmo, que temos que conversar’”, relatou o ministro Alexandre Silveira, durante conversa com jornalistas no desfile de 8 de setembro, segundo o jornal Valor Econômico. 

Economia