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Golpes do Pix: conheça os principais golpes e saiba como se proteger

Quatro em cada dez brasileiros já foram vítimas de alguma tentativa de fraudes com o Pix

Iury Costa*
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A tecnologia do Pix facilitou a vida de muitos brasileiros na transferência de valores para outras contas bancárias. Mas com a popularização dessa ferramenta, também aumentaram as técnicas e golpes que usam o serviço. 

Dados do Banco Central mostram que foram aplicados 2,5 milhões de “golpes do Pix” no Brasil em 2023. Quatro em cada dez brasileiros já foram vítimas de alguma tentativa de fraudes com o Pix.

Uma pesquisa realizada pelo Serasa Premium listou os cinco golpes do Pix mais aplicados. Confira a lista abaixo:

WhatsApp clonado

Esse golpe é geralmente aplicado de duas formas. Na primeira seu WhatsApp é clonado e os golpistas usam para pedir dinheiro via Pix para seus contatos, principalmente amigos e familiares.

Para clonar sue conta, o golpista se passa por uma empresa ou banco e pede para a vítima confirmar ou autenticar um cadastro.

Na segunda forma, o golpista se passar por uma pessoa conhecida ou familiar e pede dinheiro alegando uma emergência.

Falso atendimento bancário ou suporte técnico

O criminoso se passa por um funcionário do banco ou de um serviço de suporte técnico e solicita dados bancários ou pede para realizar uma transferência via Pix.

As desculpas usadas podem ser:

  •   pedir para a vítima criar uma nova chave Pix e fazer uma transação para “testá-la”;
  •     solicitar uma transferência para ativar um determinado serviço.

A abordagem pode ocorrer via WhatsApp, ligação e SMS, e também aplicar o golpe da mão fantasma.

Pix multiplicador ou bug do Pix

Essa técnica chegou a ser alvo de brincadeiras e memes nas redes sociais como o “Urubu do Pix”. Nela é prometido o ganho rápido de dinheiro por meio de transferências.

No bug do Pix, os criminosos alegam que existe uma falha no sistema que permite ganhar dinheiro fazendo transações para algumas chaves.

QR code falso

O golpista cria um QR code falso para receber o dinheiro que deveria ir para outra conta. Em algumas situações, o código pode levar para um site falso, que induz ao pagamento via Pix, como foi no golpe do SMS dos correios.

Pix errado

Nesse golpe, uma pessoa entra em contato com a vítima e alega que realizou um Pix errado para a conta dela e pede que seja devolvido. 

Enquanto a vítima devolve o dinheiro, o golpista pode acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED) alegando que foi vítima de fraude. O mecanismo, criado pelo BC, facilita as devoluções de Pix em caso de fraude.

Caso o protocolo MED seja acionado, após devolver o dinheiro, a vítima tem o mesmo valor retirado de sua conta pelo banco.

Como evitar os golpes do Pix:

Para se proteger desse tipo de golpe é preciso ficar atento a alguns detalhes:

  •   Confira todos os dados do destinatário antes de realizar a transferência.
  •   Não clique em links suspeitos de destinatários desconhecidos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou redes sociais.
  •     Cadastre as chaves Pix diretamente no aplicativo da instituição financeira que utiliza.
  •     A confirmação da criação da chave Pix não é feita por ligação ou link.
  •      Não faça transferências para pessoas conhecidas sem antes confirmar sua identidade por ligação telefônica, chamada de vídeo ou pessoalmente.
  •      Desconfie de promoções ou táticas para ganhar dinheiro após realizar transferências via Pix.
  •     Tenha atenção com mensagens que pedem que o Pix seja feito com urgência.
  •     Defina um limite máximo para as transações Pix, de acordo com suas necessidades.
  •     Ative a verificação de duas etapas e senha no WhatsApp para proteger a conta.
  •     Estorne o valor do Pix apenas por meio da função de "devolver Pix" presente no aplicativo do banco.

O que fazer se cair em um golpe do Pix?

O primeiro passo é entrar em contato com o seu banco e informar que foi vítima de um golpe e pedir que o valor seja devolvido. Isso pode ser feito em até 80 dias após a transação.

Outra ação importante é realizar um boletim de ocorrência em uma delegacia virtual ou presencial e dar o máximo de detalhes possíveis.

Se a situação não for solucionada com o banco, a vítima pode recorrer ao Procon do estado ou à Justiça para ter o dinheiro de volta.

Também é possível registrar uma reclamação na Ouvidoria do Banco Central contra o banco utilizado pelo golpista. 

 

*(Iury Costa, estagiário de jornalismo sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política e Economia)

 

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