Flores e velas ficam mais caras perto do Dia de Finados em Belém
Preparação para a data começa uma semana antes
No dia 2 de novembro, quando se celebra o Dia de Finados, pessoas homenageiam entes queridos que já partiram através de flores e velas deixadas nos túmulos. Acompanhando a tradição, os preços destes produtos também se elevam às vésperas da data. Vendedores de rua e floriculturas relatam que valores chegam a R$ 55 reais, contra R$ 40 cobrados até o mês anterior. Dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) apontam um crescimento superior a 10% na comparação com o ano anterior.
A entidade aponta que o reajuste nos preços aconteceu de forma desigual e ultrapassam mais da metade da inflação, estipulada em 4,50% para os últimos 12 meses. No caso das flores, a pesquisa identificou uma variação de R$ 6 a R$ 12 entre as mais populares na porta dos cemitérios. Nessa lista estão algumas flores conhecidas, como, por exemplo, o Sorriso de Maria, Crisântemos, Galho de Monsenhor, Margarida, Calábria e o Cravo.
Em uma floricultura de Belém, o Crisântemo é a flor mais procurada neste período e pode ser encontrado por R$ 48 (pacote) e R$ 25 (vaso). Eles afirmam que os clientes fazem reservas e se movimentam para o Dia de Finados desde a semana anterior. Além do Crisântemo, outro produto com vendas expressivas “são os vasos menores de Kalanchoe e Calandiva”, ambos custam R$ 10.
Venda nas ruas
Em frente a um dos cemitérios de Belém, os vendedores observam essas variações de preço todos os anos no decorrer da semana em que ocorre o feriado, mas reforçam que esse movimento dura quase o mês todo. A vendedora de flores, Dinair Miranda, explica que as flores chegavam no valor de R$ 40 e aumentaram para R$ 55 nesse período. Na sua barraca, os consumidores encontram preços entre R$ 7 e R$ 20 reais, que variam de acordo com o tipo da flor, a quantidade e o arranjo.
“O galho tá custando R$ 7 reais, sendo 4 por R$ 20. O buquê de flores está saindo a R$ 15, mas antes era R$ 10. Tem também o vaso de flores com os arranjinhos artificiais que está custando R$ 20 e era R$ 15 antes”, explica a vendedora.
A vendedor Maria das Graças Nobre, que já acumula 30 anos de venda, também sentiu o aumento deste ano e explica que o produto final precisa ser reajustado para manter algum lucro. “Para a gente poder ganhar um lucro razoável, temos que vender em um preço equivalente para dar conta de pagar o caminhão das flores sem perder a nossa parte”, afirma. As flores são trazidas do estado de São Paulo por serem naturais de regiões mais frias, como explica a vendedora.
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O Dieese também mapeou a média dos preços das flores nas floriculturas da cidade, que, segundo eles, ficaram mais caras em relação ao mesmo período do ano passado. Neste levantamento, a unidade da Rosa está custando entre R$ 13 e R$ 15, enquanto os buquês variam de R$ 140 a R$ 165 para o arranjo com 6 rosas, e podem ultrapassar os R$ 200 no de 12 rosas. O Departamento esclarece que os valores estão sujeitos a alterações quando comercializados na porta dos cemitérios.
O estudo também levantou dados sobre o preço das velas no comércio local e na porta dos cemitérios da cidade. Neste caso, os maiores preços também estão no varejo, onde o pacote com 8 velas pode ser encontrado de R$ 3,19 a R$ 14,69. O preço do pacote com a mesma quantidade de velas, na porta dos cemitérios, varia entre R$ 7 e R$ 10.