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Festas Juninas movimentam diversos setores da economia em Belém

O impacto financeiro desse período é substancial, sendo considerado uma espécie de 'pré-carnaval' para as costureiras.

Gaby Gutierrez

As festas juninas representam um período de intensa movimentação econômica para diversos setores, e o de confecção de trajes típicos não é exceção. Para a costureira Rossana Araújo, que atua há 20 anos no ramo, essa época do ano é marcada por um significativo aumento na demanda por suas criações.

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Rossana revela que pelo alto número de pedidos, ela chega a perder as contas de quantas fantasias faz. “É difícil saber o volume, mas como trabalho para escolas é bastante. Faço mais ou menos 250 fantasias”, comenta Rossana. A quantidade de pedidos que ela recebe é tão alta que a profissional precisa de uma equipe extra para dar conta de tudo. “Chamo sempre costureiras para ajudar. Sempre chamo mais duas e mais a minha filha que me ajuda nos detalhes”, explica.

O impacto financeiro desse período é substancial. “Com certeza é o melhor faturamento do ano, pois a demanda é grande. Meu lucro nesta época aumenta em 80%”, afirma, destacando o quanto as festas juninas são importantes para seu negócio. Este crescimento no lucro reflete a alta procura por trajes típicos, especialmente por parte das escolas que organizam festas e quadrilhas juninas.

Rossana atende um número considerável de escolas, o que aumenta ainda mais o volume de trabalho. “Atendo pelo menos 4 escolas da capital, e em cada uma delas, tenho produção de 3 a 4 turmas. E fora as turmas, vou atendendo 5 de outra, mas 5 de outra”, detalha. Esse compromisso com várias instituições de ensino demanda uma logística bem planejada e uma produção eficiente.

Para conseguir atender a todas as encomendas, Rossana precisa se preparar com antecedência. “35 dias antes do mês de junho já recebo encomendas”, relata. A antecedência nas encomendas é essencial para que ela consiga organizar sua produção e garantir que todas as roupas sejam entregues a tempo.

A preparação e a organização são cruciais para Rossana. Ela diz que adota estratégia de visitar várias lojas para comparar preços e ver qual oferece a melhor entrega em casa. “Assim, não atrapalha os trabalhos. Fazendo isso, encontro as opções mais baratas e eficientes, garantindo que o material chegue rápido e sem problemas. Além disso, ao verificar a qualidade do serviço de entrega, evito atrasos e interrupções no que estou fazendo”, explica.

Foco Exclusivo

Costureira há 15 anos, Zilda Martins, moradora do bairro do 40 Horas, em Ananindeua, explica à reportagem que precisa concentrar seus trabalhos exclusivamente nas demandas para o período de festas juninas desde o início de abril. A profissional atende principalmente a encomendas escolares, produzindo diversos tipos de peças diariamente.

"Quando chega esse período é exclusivo para este público, a demanda é bem grande e funciona assim, você trabalha bem e vai sendo recomendada por outras clientes, quando vê, já está cheia de encomendas [risos]. Eu peguei agora de um colégio particular, para fazer as blusas de quadrilha de todas as professoras. Está corrido”, diz Zilda.

Para a profissional, o período de festas juninas ultrapassou o número de demandas no carnaval, outra época em que costuma trabalhar bastante. “O carnaval costumava ser maior em número de encomendas, mas desde a pandemia não voltou com força, mas a festa junina é sempre alta procura, tem época em que não consigo mais aceitar encomendas um mês antes”, explica Zilda.

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