Exportações crescem 57,24% no Pará no primeiro trimestre
Estado é o terceiro maior exportador do país, com um total de US$ 6.432.856.962 bilhões
Estado é o terceiro maior exportador do país, com um total de US$ 6.432.856.962 bilhões
O Pará ocupa o terceiro lugar entre os estados brasileiros que mais exportaram mercadorias no primeiro trimestre do ano. De acordo com o Ministério da Economia e com o Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (CIN/Fiepa), o estado exportou US$ 6.432.856.962 bilhões, com um crescimento de 57,24% em relação ao mesmo período de 2020, ficando como terceiro maior exportador do País, atrás apenas de São Paulo (US$ 10.659.869.930) e Minas Gerais (US$ 7.663.853.123), e o primeiro no ranking por saldo, com a arrecadação de R$ 6.098.798.560 bilhões, seguido dos estados de Minas Gerais e Mato Grosso.
Leia mais:
Balança comercial tem superávit de US$ 2,162 bilhões na 1ª semana de maio
Os destaques entre os produtos minerais exportados de janeiro a março foram ferro bruto, cobre e alumina calcinada. A atividade mineral, que exportou um total de US$ 6.130.111.533 bilhões, teve um crescimento de 64,86% no período e representou 95,29% da balança comercial do Estado. Os principais compradores dos minerais exportados pelo Pará foram a China (ferro bruto), Alemanha (cobre) e Noruega (alumina calcinada).
A coordenadora do CIN/Fiepa, Cassandra Lobato, afirma que a taxa de cerca de 95% da exportação de minérios, apesar de elevada, indica também o esforço pela diversificação dos produtos que vem sendo feita por parte do Centro Internacional nos últimos anos. “A participação da atividade mineral já foi de 98%. Antigamente, o Pará apresentava apenas produtos minerais e de exploração florestal. Depois de muito trabalho, hoje podemos dizer que temos outros produtos importantes”, ressalta.
A madeira também se destacou, com exportação de US$ 54.681.646 milhões, principalmente para os Estados Unidos, o que significou crescimento de 4,93%. O volume de carnes e bovinos, por outro lado, foi de US$ 95.745.489 milhões, tendo como principal destino a China.
Entre os blocos econômicos, a Ásia, com exceção do Oriente Médio, com destaque para o governo chinês, importou do Pará um total de US$ 4.681.368.464 bilhões, nos primeiros três meses do ano, seguida da União Europeia com US$ 1.024.309.308 bilhão e América do Norte, com US$ 224.402.024 milhões.
Em relação às principais cidades exportadoras do Estado, Parauapebas se manteve em primeiro lugar com um saldo de US$ 2.708.432.923 bilhões, seguida de Canaã dos Carajás (saldo de US$ 2.108.815.853 bilhões) e Barcarena (saldo de US$ 445.473.857 milhões).
Cassandra Lobato destaca também a ascensão do Pará na relação dos estados exportadores. “Se levarmos em consideração que o Estado terminou o ano de 2020 como o quarto maior exportador e agora subiu para terceiro, mantendo-se o primeiro em saldo, podemos considerar que os números desse primeiro trimestre são positivos e demonstram uma tendência de retomada e equilíbrio das nossas exportações”, avalia. Para a coordenadora, no entanto, a retomada da economia só será real quando a maior parte da população brasileira já estiver vacinada contra a covid-19.
O economista Luiz Carlos Silva, vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Pará e Amapá (Corecon PA/AP), explica que um impasse entre China e Austrália pode também influenciar positivamente a venda do minério do Pará. “A Austrália é o país que mais fornece minério para a China, mas ultimamente tem tentado barganhar um preço maior, que os chineses não querem pagar. Então, provavelmente a China deve utilizar seus outros parceiros nesse impasse e isso pode nos beneficiar”, aponta.
Para o economista, a posição de destaque do Pará na balança comercial brasileira ainda não representa benefício direto para a maioria da população paraense. “O necessário a ser feito, todos sabem: é verticalizar a produção de minérios, no entanto a gente sabe que isso precisaria ser parte de uma política nacional. Os outros estados, como São Paulo e Minas Gerais, não seriam a favor que tivéssemos aqui uma grande siderúrgica e assim pudéssemos verticalizar a produção. Então, o que temos é um estado rico com uma população empobrecida”, critica.