Especialistas paraenses dão dicas de como usar o 13º salário e economizar no fim do ano

Neste período do ano é comum incidir gastos extras

Emilly Melo
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Uma das gratificações mais aguardadas pelos trabalhadores no fim de ano é o 13º salário. Esse recurso, muitas vezes, é usado para comprar presentes ou complementar os custos com as festas de confraternização, no entanto, neste período e no início do ano, há gastos extras, como matrícula e material escolar,  Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), entre outros. André Cutrim, professor e pesquisador da Universidade Federal do Pará (UFPA) e economista, conselheiro do CORECON-PA/AP, afirma que a remuneração, além de ser uma injeção de recursos financeiros importante na economia, é uma oportunidade única para que a sociedade paraense coloque suas finanças em dia e planeje o futuro.

image André Cutrim, professor e pesquisador da Universidade Federal do Pará (Arquivo pessoal)

“Do ponto de vista econômico, ele gera um impacto positivo ao movimentar setores essenciais, especialmente no comércio e nos serviços, justamente em um período que antecede datas de grande consumo, como o Natal. Esse movimento favorece as vendas e permite aos empresários uma margem maior para enfrentar a sazonalidade de início de ano, trazendo estabilidade ao mercado de trabalho”, aponta Cutrim.

Segundo o economista paraense Valfredo Farias, a melhor maneira de usar a gratificação natalina, como também é conhecido, é estabelecer as prioridades, que devem começar pelo pagamento das dívidas. 

“Se a pessoa estiver endividada, a melhor forma de usar é pagar essa dívida, tentar negociar, para entrar o ano menos endividada ou sem dívida nenhuma. Se a pessoa não tiver dívidas, aí sim, ela pode gastar parte do dinheiro para comprar coisas, reformar casa e tudo mais, mas sempre lembrando que janeiro, geralmente, é o mês que tem várias contas novas para pagar. Então, sempre é bom para quem não tem dívida guardar parte desse dinheiro para fazer frente às despesas de janeiro e fevereiro”, orienta Farias.

Valfredo acrescenta que é importante que o trabalhador esteja atento para não contrair novas dívidas. “A dica principal  é anotar tudo que gasta, para ter noção daquilo que está gastando, se está coerente com a renda que recebe. O trabalhador tem que estar muito atento para essa questão de endividamento, especialmente com os gastos com cartão de crédito”.

“Quando utilizado com planejamento, ele promove um ciclo de bem-estar e crescimento, beneficiando as finanças pessoais e o mercado local como um todo – tanto o mercado formal quanto o informal, diga-se de passagem”, conclui André Cutrim.

Dicas de como fazer um bom uso do 13º salário, segundo especialista

1º) Faça uma lista das despesas dos próximos meses, como presentes, festas, impostos (IPTU, IPVA) e material escolar. Saber o que é essencial ajuda a direcionar o dinheiro;

2º) Separe 50% para contas e dívidas de curto prazo, 30% para lazer de fim de ano e 20% para poupança ou investimentos. Essa divisão ajuda a manter o equilíbrio financeiro;

3º) Evite dívidas desnecessárias, resistindo a gastos impulsivos. Use o 13º para despesas realmente necessárias;

4º) Priorize o pagamento de dívidas caras, como cartão de crédito e cheque especial, liberando o orçamento para o próximo ano;

5º) Comece um fundo de reserva ou uma poupança específica, garantindo um ano mais tranquilo e uma base para projetos futuros.

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