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Empresa se manifesta sobre suspensão de atividades em Ipixuna, no Pará

A resposta se dá após a Semas determinar a suspensão da licença de operação da mina no município

O Liberal

A empresa multinacional francesa Imerys, que é especializada na produção e processamento de minerais industriais, enviou um posicionamento ao Grupo Liberal a respeito da suspensão da licença de operação da mina de extração de caulim localizada em Ipixuna do Pará. A mina pertence ao grupo Artemyn, que antes fazia parte da Imerys e foi recentemente adquirida pelo Grupo Flacks.

Em nota, “a empresa informa que possui uma equipe dedicada ao contato com as autoridades, a fim de garantir que essa suspensão termine o mais rápido possível. Também já solicitou informações adicionais à Semas e acesso a documentos. Isso visa garantir uma compreensão completa das alegações e possibilitar a adoção de quaisquer ações corretivas porventura necessárias”, diz o texto da Imerys.

A resposta se dá após a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) determinar a suspensão da licença de operação da mina em Ipixuna do Pará, informando, na decisão, que o motivo foi o não atendimento aos programas do meio socioeconômico constantes nas condicionantes da licença.

A decisão

Na notificação da Diretoria de Licenciamento Ambiental da Semas enviada à Imerys Rio Capim Caulim S.A, nesta sexta-feira (12), a Secretaria afirma que a empresa apresentou os Relatórios de Informação Ambiental Anual (RIAAs) referentes aos anos de 2021, 2022 e 2023, como atendimento à condicionante da Licença de Operação n° 2824/2009, e que a Diretoria de Licenciamento Ambiental da Semas, com base em relatórios e em nota técnica, “notifica que a Licença de Operação n° 2824/2009 foi suspensa, por não atendimento aos programas do Meio Socioeconômico constantes nas condicionantes da licença”.

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A decisão tem amparo em resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). A Semas reitera, inclusive, que “o funcionamento da referida atividade sem o devido licenciamento, resultará na aplicação das sanções administrativas previstas em lei”, concluiu a decisão da secretaria estadual.

Na nota que o Grupo Liberal recebeu, a Imerys também afirma que “a mina opera há mais de 20 anos e emprega cerca de 350 pessoas, entre funcionários diretos e terceirizados, incluindo também pessoas das comunidades do entorno. Ainda como parte do seu compromisso com a sustentabilidade, a Artemyn desenvolve projetos sociais que visam geração de renda e educação ambiental com as comunidades vizinhas”, detalha.

Empresa

Multinacional especializada na produção e processamento de minerais industriais, a Imerys foi fundada em 1880, com sede em Paris. Ela tem operações em diversos locais. No Brasil, a mineradora atua desde 1996, com operações no Pará, São Paulo e Espírito Santo, a partir da extração e beneficiamento dos minérios de Carbonatos de Cálcio, Caulim e Perlita.

No território paraense, a Imerys possui a maior planta de beneficiamento de Caulim do mundo, além de duas minas e um porto privado. Após o processamento, o minério é enviado para uso em uma ampla variedade de mercados internacionais, incluindo papel, tintas, cerâmica entre outros.

No site da empresa, há a informação de que a mineradora atua junto às comunidades como um pólo referencial de projetos sociais voltados para o incentivo à educação básica, inclusão digital, geração de renda e empreendedorismo sustentável. No entanto, a empresa também tem um histórico de denúncias das comunidades tradicionais de vazamentos de caulim da empresa no Rio Capim, em Barcarena.

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