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Economistas têm projeções otimistas para último trimestre de 2022

Benefício emergencial para taxistas injetará R$ 7,2 milhões no Pará, entre outubro e dezembro

Valéria Nascimento
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Eleições 2022, Dia da Criança, 13º Salário, Círio de Nazaré e Copa do Mundo. O calendário de grandes eventos nesta reta final do ano de 2022 vem gerando expectativas positivas em economistas, quanto ao reaquecimento da economia paraense. Isso sem falar nos programas de distribuição de renda, como Auxílio Brasil e dos benefícios emergenciais dos caminhoneiros e taxistas. Em um único exemplo, o benefício dos taxistas, sozinho, injetará R$ 7,2 milhões no Pará, entre outubro e dezembro.

"Considerando que 2.400 taxistas recebem desde agosto passado, mil reais por mês, nos próximos três meses, ou seja, de outubro a dezembro, o valor total corresponderá a R$ 7,2 milhões", disse o economista Nélio Bordalo Filho,na última quinta-feira (15), na capital paraense.

Consultor empresarial, Bordalo está confiante na retomada econômica do estado. "Sim, estou otimista, pois a economia paraense apresenta sensíveis sinais de melhora em relação a transações comerciais, empregabilidade e redução nos preços dos combustíveis", afirmou.

13º Salário para 1 milhão e 900 mil pessoas

De acordo com o Dieese, no ano passado, o 13º salário injetou R$ 4,5 milhões no estado. A projeção é de crescimento para 2022. "Vamos iniciar o estudo do impacto do 13º salário, mas mesmo com as antecipações já feitas pelo governo estadual para pensionistas, por exemplo, o cenário econômico é de crescimento com a entrada das duas parcelas do décimo", frisou o economista Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese.

Roberto Sena informou que aproximadamente 1,9 milhão de pessoas devem receber o 13º no Pará, considerando as esferas privada e pública. São empregados com carteira assinada, pensionistas e aposentados do INSS, e os servidores públicos, em geral. Ele também informou que cerca de 60% da população economicamente ativa no Pará é assalariada, ou seja, em média, recebe um salário mínimo.

Para o supervisor, os benefícios sociais não alavancam a economia, são valores pontuais que aliviam quem está no limite ou já não tem renda para quitar os compromissos financeiros. Não à toa, lembrou Sena, mais da metade das famílias estão endividadas no Pará, conforme apontam indicadores do comércio. 

Sequência de mega eventos 

Grandes eventos, como o Círio de Nazaré, ressaltou ele, tradicionalmente incrementam os negócios econômicos. Este ano a Grande Procissão está marcada para o dia 9 de outubro próximo. Uma semana após o primeiro turno das eleições, e há poucos dias da Copa do Mundo, numa sequência de acontecimento fomentadores de setores distintos, conforme observou o supervisor técnico do Dieese.

"No ano de 2019, a festividade nazarena injetou R$ 1 bilhão no Pará. Ela tem uma representação impactante na economia do estado, dinamiza os segmentos de serviços, comércio, indústria, turismo, entre outros", disse ele.

Cauteloso, Roberto Sena não arriscou nenhuma estimativa de ordem econômica para a festividade nazarena este ano. "Até então o que se tem estimado é que cerca de 50 mil turistas de fora ingressarão no Pará para participar da Festa de Nazaré, mas ainda não há um cálculo do quanto o advento deve representar para a economia, a tendência é de crescimento, além do que as próprias Eleições 2022 movimentam os setores econômicos", afirmou.

Nélio Bordalo compartilha da confiança na retomada econômica com os eventos que estão por vir. "O evento do Círio contribui para a movimentação em hotéis, restaurantes, portanto, no setor de turismo e no comércio em geral, e isso reflete na economia do Estado", acredita ele.

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Economia
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