Custo da construção civil tem variação de 0,89% no Pará em janeiro, acima da média nacional
O custo estadual da construção, por metro quadrado, que em dezembro fechou em R$ 1.681,38, passou em janeiro para R$ 1.696,38
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) apresentou variação de 0,89% em janeiro no Pará, o que representa uma alta de 0,19 ponto percentual em relação à taxa de dezembro de 2022 (0,70%). O custo estadual da construção, por metro quadrado, que em dezembro fechou em R$ 1.681,38, passou em janeiro para R$ 1.696,38.
Em janeiro, o custo médio dos materiais, no Pará, ficou em R$ 1.067,65, valor maior do que o registrado em dezembro do ano anterior, quando fechou em R$ 1.052,64. Já o custo médio da mão de obra ficou em R$ 628,73, contra R$ 628,74 de dezembro de 2022.
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A variação no Pará é bem maior do que a registrada no País, onde o custo da construção subiu 0,31% em janeiro, um aumento de 0,23 ponto percentual em relação a dezembro. Em valor de moeda, o custo nacional por metro quadrado, em janeiro, foi de R$ 1.684,45, sendo R$ 1.000,94 relativos aos materiais e R$ 683,51 à mão de obra.
“O Pará possui poucas indústrias de insumos de construção civil, então, todos os produtos que as empresas locais compram vêm do sul, sudeste e nordeste, por conta disso, o frete, nesse período de chuvas aqui na Amazônia, é algo que encarece muito, devido às condições das estradas. Outra coisa que encarece e que pesa muito no Sinapi é a mão de obra e, também devido ao nosso período de chuva, a produtividade é mais baixa, então, tudo isso contribui para o Pará ter uma variação maior do que a média nacional”, explica o diretor de Obras Públicas de Edificação do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-Pará), Tony Couceiro.
Região norte registra maior variação mensal no primeiro mês do ano
A pesquisa ressaltou a região norte que, com alta em cinco dos sete Estados - destacando-se Amazonas (1,07%) e Tocantins (1,04%) -, ficou com a maior variação regional em janeiro, 0,71%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,03% (nordeste), 0,54% (sudeste), 0,00% (sul) e 0,25% (centro-oeste).
“A comparação regional segue a mesma lógica que mostra o Pará com uma variação maior do que a média nacional. Como nós importamos muito, as distâncias são maiores, o frete é mais caro, então esse custo é maior para o norte do que para o sul e sudeste, por exemplo. Mas, é importante notar que a região norte tem esse aumento principalmente nesses meses de inverno, já nos meses seguintes, conseguimos ter um resultado melhor”, completa Tony Couceiro, que também é sócio-diretor de uma importante construtora do Estado.
Em termos de custos médios regionais, por metro quadrado, o sul ficou em primeiro (R$ 1.761,86), seguido pelo sudeste (R$ 1.744,44), centro-oeste (R$ 1.727,02), norte (R$ 1.709,77) e nordeste (R$ 1.561,05).
Em janeiro, entre todos os Estados brasileiros, Minas Gerais registrou a maior alta, com taxa de 1,99%, com reajuste puxado pelas categorias profissionais.
Confira o custo da construção, por metro quadrado, no Brasil e por regiões:
- Brasil - R$ 1.684,45
- Região sul - R$ 1.761,86
- Região sudeste - R$ 1.744,44
- Região centro-oeste - R$ 1.727,02
- Região norte - R$ 1.709,77
- Região nordeste - R$ 1.561,05