MENU

BUSCA

Cresce intenção de compra por imóveis na Região Metropolitana de Belém

No último trimestre de 2024, o aumento por interessados em adquirir uma residência aumentou 9%

Camila Azevedo

A demanda pela compra de imóveis cresceu em Belém e Ananindeua. De acordo com os 27º e 7º Censos Imobiliários, estudos referentes ao 4º trimestre de 2024, 46% dos entrevistados manifestaram intenção em adquirir esse tipo de bem nos próximos dois anos. O número representa um aumento de 9% em relação a novembro de 2023 e tem como principal motivação a busca por sair do aluguel (37%), seguida pelo desejo de morar em uma residência maior (17%).

Os dados do estudo indicam que o mercado está dinâmico. Entre as regiões do Brasil, o Nordeste se destacou com a maior intenção de compra (55%), enquanto o Sul apresentou o menor índice (41%). Entre os perfis de compradores, a Geração Y (28 a 43 anos) lidera, com 49% planejando adquirir um imóvel. Já no recorte por renda, pessoas com ganhos acima de R$ 15 mil demonstraram a maior intenção de aquisição (55%), enquanto aqueles com renda entre R$ 2,5 mil e R$ 5 mil apresentaram o menor índice (39%).

Para o diretor de Edificações do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), Bruno Mileo, as informações do Censo são fundamentais para que haja entendimento do funcionamento do mercado. “Isso ajuda o incorporador a pensar a melhor estratégia para os seus lançamentos. Até para o ente público é importante, porque ele pode dirigir melhor suas políticas públicas, de acordo com o que mercado está solicitando. Então, é isso que o Censo nos dá, essa fotografia do mercado imobiliário da cidade”.

Ofertas e preços

Em Belém, a pesquisa identificou 64 empreendimentos residenciais verticais (prédios), com uma oferta total de 6.800 unidades, sendo 1.723 ainda disponíveis para comercialização (25,3%). A média do metro quadrado (m²) privativo ficou em R$ 10.550,00, com valores que variam: imóvel com dois dormitórios estão abaixo da média (-19,6%); com três dormitórios, o preço ficou intermediário; e com quatro dormitório, o estudo indica o custo de R$ 13.279 o m².

Santarém

No oeste do Pará, o mercado imobiliário de Santarém também mostra sinais positivos, com um aumento nas vendas e lançamentos ao longo dos anos. Foram identificados 19 empreendimentos verticais, totalizando 1.677 unidades lançadas, com 331 ainda disponíveis. Os imóveis mais procurados são os de dois e três dormitórios, que representam 86,9% das ofertas. O preço médio do m² privativo na cidade ficou em R$ 7.369,00, sendo que imóveis de 3 três dormitórios apresentaram o maior valor médio, atingindo R$ 7.607/m².

O estudo também mostrou que os padrões Médio e Standard dominam o mercado, enquanto o segmento Luxo tem menor participação, com apenas um empreendimento em comercialização. Além dos imóveis verticais, 16 empreendimentos horizontais foram mapeados, incluindo lotes em condomínio e loteamentos abertos. De acordo com o estudo, o setor horizontal se mostra como uma alternativa viável para quem busca espaço e segurança.

Anderson Gonçalves, Head Centro-Oeste/Norte da Brain, empresa de inteligência estratégica para o mercado, considera que os números são positivos, “tanto na parte de lançamentos, quanto nos valores de vendas, que surpreendeu bastante nos últimos anos”. “[O Censo] é um trabalho extremamente importante para salientar o quanto a cidade de Belém é pujante dentro do mercado de trabalho. O fechamento de 2024 está sendo o ano mais positivo dentro dessa série histórica”.

Economia