CPI: Paraense preso por bomba em aeroporto gastou R$ 200 mil com 13 armas e munições
George Washington de Oliveira Sousa fez o gasto em um ano
Nesta quarta-feira (18), chegou ao fim o trabalho de cinco meses CPI mista dos Atos Golpistas, e o relatório final, entre outras coisas, aponta que o paraense bolsonarista George Washington, de 54 anos, o empresário preso por arquitetar um atentado com bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, gastou ao menos R$ 194,5 mil com armas e munições num período de aproximadamente um ano.
O relatório definitivo da CPI pediu, no total, o indiciamento de 61 pessoas, entre civis e militares. O documento traz detalhes da atuação de George Washington. Ele adquiriu 13 armas de fogo entre 18 de outubro de 2021 e 31 de agosto de 2022 pelo valor de R$ 141.133,00. Na época de sua prisão pela Polícia do DF, o empresário não estava com a posse de seis desses equipamentos.
Entre os apreendidos, uma espingarda calibre 12 não consta nas notas fiscais do bolsonarista, motivo pelo qual se acredita que ela pode ter sido adquirida por um terceiro.
A análise de documentos também revelou que Washington comprou 4.615 munições entre 28 de fevereiro e 23 de dezembro do ano passado, véspera de sua prisão. O custo foi de R$ 53.433,20. No entanto, ao ser detido, o empresário possuía mais munições do que adquiriu em seu nome.
A conclusão do colegiado é que parte das armas foi repassada por terceiros, possivelmente, pessoas do acampamento do QG do Exército.
Relembre o crime do empresário paraense
Em 24 de dezembro do ano passado, um sábado, o bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa foi preso em flagrante horas após montar os explosivos nos arredores do aeroporto de Brasília (DF), em um caminhão de combustível.
Em depoimento aos policiais, ele disse que a instalação da bomba tinha o objetivo de "dar início ao caos" e que pretendia alcançar a decretação de estado de sítio no país – quando há restrição de direitos e à atuação de Legislativo e Judiciário.
Na ocasião, o delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Candido, informou em entrevista coletiva que George Sousa confessou o crime. Ele saiu do Pará para Brasília para participar das manifestações que ocorriam na frente do quartel-general do Exército.
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