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‘Correção de custos’ pode deixar cerveja ‘sofisticada’ mais cara do que vinho no Pará

As bebidas importadas, como whisky e drinques, também estão entre os mais caros, segundo a Aspas

Amanda Martins

Os consumidores de bebidas alcoólicas mais sofisticadas, como as cervejas superpremium - vendidas com maior teor de malte de cevada e mais amargas -, poderão ter que pagar mais caro se quiserem continuar mantendo o hábito de desfrutar o líquido socialmente. O presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), Jorge Portugal, informou, na última segunda-feira (19), que as indústrias estão sinalizando um provável aumento entre 7% a 10% no produto. O reajuste não tem data definida nem deve afetar às cerveja comuns.

Na capital paraense, entre as bebidas importadas que estão mais caras também, Jorge Portugal cita, além das cervejas superpremium, whisky e líquidos com teor alcoólico que são usados nos famosos drinques. “As indústrias estão alegando correção de custos”, acrescentou o presidente da Aspas sobre o aumento dos valores.

os amantes de um bom vinho podem ficar despreocupados. Segundo Jorge, em virtude da queda do dólar, o preço da bebida deve ficar estável. “Não houve e nem está havendo sinalização de aumento de preços dos vinhos”, reiterou.

Valores refletem no dia a dia de negócios paraenses 

Apesar da boa expectativa projetada pela associação, Fabio Sicilia, sommelier de um restaurante especialista em vinhos com massas caseiras, risotos e filés à parmegiana, no bairro da Batista Campos, em Belém, diz ter sentido um aumento significativo nos preços das bebidas tanto importadas quanto nacionais.

De acordo com Fabio, o preço da maioria dos produtos quase dobrou. Diferentemente do que observou o presidente de Aspas, o sommelier afirmou que o “grande vilão” é o dólar.

“A importação é diretamente ligada a ele e, mais, até os vinhos nacionais tiveram aumento, o que deixa claro que o nosso parque industrial brasileiro é muito atrasado tecnologicamente e dependente de aquisição de matérias primas e equipamentos importados também na manutenção”, acrescentou.

Fabio observa que toda a cadeia, entre consumidores e vendedores de bebidas importadas e nacionais, acabaram observando um pouco do aumento nos valores, o que fez com que a margem de lucro fosse reduzida.

Para driblar o momento “desfavorável”, o sommelier tem posto em prática estratégias para continuar agradando à clientela. “Estou utilizando um outro recurso, que é a prospecção de produtores de vinhos de alta qualidade pouco conhecidos, pois o baixo investimento em marketing acaba se tornando um benefício no preço”, pontuou, e fez um alerta aos consumidores mais tradicionais quanto a falsificações que grandes marcas estão sujeitas devido aos preços.

 

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