Copa do Mundo 2022: preço da carne afasta torcedores dos supermercados e 'mela' churrasco da Copa
Para este primeiro jogo, supermercadistas acreditam que ainda não haverá esse movimento
A estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo se aproxima, mas, o tradicional churrasco para acompanhar as partidas parece que ainda não é uma opção para o paraense. Talvez pelo horário deste primeiro jogo - às 16 horas desta quinta-feira (24), no horário de Brasília, e os preços de alguns produtos, como a carne bovina - a procura pelos itens que compõem esse tipo de refeição ainda não animou os supermercadistas.
O presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), Jorge Portugal, acredita que, para os brasileiros, ainda não prevalece o espírito de torcedor. Talvez pelo fato de a seleção ainda não ter de fato entrado em campo, a procura por itens tradicionais para acompanhar os jogos, como comidas e bebidas, ainda é pequena.
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A expectativa para o primeiro jogo do plantel canarinho não é das melhores: o horário de 16h não ajuda muito. “Esse primeiro jogo, às 16 horas, me parece um horário que não favorece muito o churrasco, por exemplo. Nós esperamos que a partir do segundo jogo da seleção, que será às 13 horas, mais próximo do almoço, essa procura aumente. Muitas empresas vão encerrar mais cedo suas atividades, outras vão liberar os funcionários, muitos órgãos públicos não vão funcionar, então, pode ser que ajude”, aponta.
Para o empresário, o torcedor paraense deve se “empolgar” mais a partir do momento em que o time do Brasil avançar na competição. “Até mesmo aqueles materiais para enfeitar as ruas, a gente vê pouco. Com relação às reuniões com amigos, com bebidas e churrasco, a gente acredita também que ainda podem crescer, até porque os preços não estão tão exorbitantes. A carne, por exemplo, houve um momento em que ela estava em um preço muito elevado, mas estabilizou, embora também não tenha recuado. Diferente do preço do frango, que teve um aumento mais recente. Já os acompanhamentos, como arroz e feijão, estão estáveis. O feijão esteve bem caro, mas agora houve queda, e o arroz estabilizou naquele preço de quatro reais o quilo”, detalhou.
A jornalista Cíntia Luna, 35 anos, diz que vai sim reunir os amigos e familiares para assistir aos jogos do Brasil. Para ela, a Copa é um ótimo motivo para se encontrar com as pessoas. As despesas são, normalmente, divididas por todos. “Eu percebo um acréscimo principalmente nos itens para feijoada. Contudo, as proteínas também são sempre caras e a cerveja também sofreu aumento. Mas, hoje, já consigo saber onde posso comprar o que preciso com o valor mais em conta. Sempre faço uma listinha do que precisamos para cada churrasco e sempre fazemos coleta. No meu grupo de amigos, cada um leva um pacote de cerveja e uma pessoa fica responsável em comprar os itens para a comida e, depois, dividimos o valor total pelo número de pessoas”, explica.
O analista de sistemas Adriano José Souza, de 42 anos, diz que costuma fazer churrasco todo sábado, para família e amigos. Como os jogos da seleção brasileira serão em outros dias da semana, ele já pretende expandir esse quantitativo. Para ele, o preço é importante, mas a qualidade também conta muito. “Sem dúvida, os preços estão mais altos, mas fazer churrasco e reunir a família para ver um jogo da seleção não tem preço. Pesquisar é importante, mas não podemos abrir mão da qualidade. Assim, cada um leva o tipo de carne que gosta de comer, assim como a bebida, e fica tudo certo”, completa.
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