Conta de luz vai ficar mais cara após empréstimo de R$10,5 bi aprovado para o setor elétrico

Recursos vão cobrir os custos extras gerados pela crise energética do ano passado

Emilly Melo
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Um novo empréstimo no valor de R$ 10,5 bi foi aprovado para setor elétrico pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta terça-feira (15), para cobrir os custos extras gerados pela crise energética do ano passado.  

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O recurso será levantado junto a bancos públicos e privados, com cobrança de juros, que serão pagos pelo consumidor por meio de um novo encargo aplicado na fatura de energia a partir de 2023.

A primeira parte do empréstimo foi regulamentada nesta terça e será de até R$ 5,3 bilhões, à vista, para cobrir o saldo negativo das bandeiras tarifárias que não arrecadaram o suficiente (R$ 540 milhões); e a importação de energia, entre julho e agosto do ano passado (R$ 790 milhões). Os outros R$ 5,2 bi, referentes à segunda parte, será para cobrir os custos da contratação emergencial de energia. 

Os bancos definirão o prazo total do financiamento e a taxa de juros. O financiamento será direcionado às distribuidoras de energia, pois os valores são arrecadados junto aos consumidores por meio da conta de energia e pagam os geradores e transmissores de energia

Na prática, o empréstimo dilui o pagamento dos custos adicionais gerados pela escassez hídrica do ano passado, ou seja, evita que a cobrança se concentre nas contas de luz em 2022, nos reajustes tarifários anuais das distribuidoras.

Apesar de permitir o parcelamento desse custo a partir de 2023, o empréstimo implica na cobrança de juros, o que significa que, ao final do empréstimo, os consumidores terão pago um valor mais alto.

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