Conta de luz mais cara em 2024; a projeção é de 5,6% a mais na tarifa

Todos os anos a tarifa é reajustada, em 2024 ela supera a inflação

Maycon Marte | Especial para O Liberal
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De acordo com a projeção divulgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta terça-feira (23), a tarifa de energia deve subir em média 5,6%. O indicador supera a projeção da inflação para 2024, de 3,87%, e pode prejudicar o rendimento dos paraenses. Segundo o economista Nélio Bordalo, um dos efeitos esperados é o aumento dos preços para produtos do cotidiano.

Segundo informações divulgadas pela CNN Brasil, o diretor-geral da Aneel afirmou que a previsão anterior era de 6,8%, entretanto, o aumento verificado ficou em 5,9%. Todo ano a tarifa é reajustada para todas as distribuidoras de energia no país.

Entre as principais razões para uma projeção acima da inflação, o diretor ainda declarou como determinantes, a expansão da rede básica de energia, que totalizou R$60 bilhões em novos investimentos e o aumento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A CDE é paga por todos os consumidores do país e sobe para R$37 bilhões em 2024. 

Na visão do especialista

De acordo com o economista, de Belém, a nova tarifa reflete uma necessidade constante das concessionárias. “O reajuste tem como objetivo garantir que as prestadoras de serviços, em todo o Brasil, tenham receita suficiente para prestar os serviços aos consumidores e também realizar os investimentos necessários de melhorias e ampliações nas cidades em que atuam”, declara. No entanto, destaca efeitos negativos para a rotina da população a longo prazo.

Para Bordalo, além do impacto direto em receber a conta de energia mais cara, os efeitos do reajuste na indústria também afetam indiretamente o consumidor. “Esse aumento resulta em mais custos para a indústria e para o setor de serviços, o que pode pressionar os preços para os consumidores finais nos próximos meses”, explica.

Na projeção do especialista, a população de baixa renda, será a principal afetada, seja direta ou indiretamente. “O consumidor vai pagar mais caro, diretamente pela energia que consumir, mas também, indiretamente (...) pelos produtos que consumir e pelos serviços que for contratar, em função dos reajustes de energia para indústrias e prestadoras de serviços”, explica o profissional.

No Pará

Questionada pela reportagem, a Equatorial Energia Pará, afirmou por meio da sua assessoria que todas as projeções para a tarifação ficam por conta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e não há nada confirmado para o estado.

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