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Consumo de energia cresceu no Pará no último trimestre

Alta foi registrada entre grandes e pequenos consumidores, mas clientes seguem reclamando do preço

O Liberal

O consumo de energia no Pará já acumula dois meses seguidos de alta e a primeira quinzena de julho continua esta tendência. Após alta de 1,2% no mês de junho de 2022 em relação a junho de 2022, o mês de julho registrou alta de 5,5%. Já os quinze primeiros dias do mês de agosto já somam alta de 7%. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. 

Ao ouvir os dados, a aposentada Marisa Ramos chegou a uma conclusão instantânea. "É o calor. Esse tempo está todo mundo ligando tudo. Ar-condicionado, ventilador. A própria geladeira acho que usa mais também. Eu, sinceramente, estou usando bem mais do que antes. Até porque estamos na bandeira verde, né? Coincidiu com o calor daqui nessa época do ano. A energia é muito cara, mas é questão de necessidade. Não é um luxo", conta. 

Dona de um bar no bairro do Marco, Eva Corrêa utiliza muitos refrigeradores para garantir a cerveja gelada dos clientes. "A gente está pagando muito de energia e acaba que isso gera um ônus na mercadoria. Estamos pensando na possibilidade de reverter isso com implantação de energia solar para ver se melhora a nossa despesa", conta.

Ela estima que entre 15% e 20% dos custos do empreendimento partem da conta de energia, mesmo ela tentando ao máximo economizar. "Lamento que a gente pague uma energia tão alta em relação aos outros estados que não geram energia. Isso deveria ser revisto", afirma. 

No mercado regulado, que categoriza os pequenos consumidores, após queda de -0,4% em junho, o mês de julho registrou 2,1% de alta e agosto registrou também alta na primeira quinzena, calculada em 1,7%.

No mercado livre, que atende consumidores que gastam por volta de R$150 mil mensais, a sequência de altas segue o mesmo padrão dos números gerais: começa em junho com 2,5%, segue em julho com 8,5% e agora se encontra no patamar de 11,8%, registrado na primeira quinzena de agosto.

No Pará, as principais demandas de energia na primeira quinzena de agosto tiveram origem no setor de transportes (43%), serviços (23%) e comércio (19%). Em todo o Brasil, o consumo de energia elétrica em todo o País aumentou 2,6% em julho quando comparado ao mesmo período de 2021. 

Economia