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Consumo consciente evita gastos desnecessários com decoração de Natal

O valor da tradição está na durabilidade dos itens, afirmam decoradores residentes em Belém

Gabriel da Mota

A magia que envolve o período natalino costuma ser materializada em árvores de pinheiro, guirlandas, luzes e o presépio, que reencena o nascimento de Jesus Cristo. Essas ornamentações são visualmente atrativas e possibilitam a reunião familiar em torno da prática decorativa, mas também podem custar caro, se o preço do simbolismo for a renovação constante dos enfeites de Natal. Em Belém, o chef de cozinha Eduardo Benigno (43 anos) e a empresária Nádia Mello (45 anos) costumam reutilizar, ano após ano, a maior quantidade possível de itens de decoração, visando à sustentabilidade da tradição e ao menor consumismo.  

Em 2023, Eduardo gastou apenas com o material de construção de um presépio que monta, anualmente, em casa. Ele é um colecionador do item (possui cinco), por acreditar que se trata do símbolo mais importante do Natal. O investimento custou R$ 400, incluindo: vegetação, isopor e iluminação com pontos de fibra óptica.

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Um dos enfeites que Eduardo troca com maior frequência são as lâmpadas, devido à perda de intensidade no brilho. Quando precisa comprar novos objetos, ele faz uma pesquisa de preços no centro comercial de Belém. “Eu vejo que, a cada ano que passa, os enfeites são mais bonitos, mas também são mais caros, então é melhor você preservar o que você tem”, analisa. Por meio de tutoriais na internet, o chef de cozinha aprende a dar uma nova aparência à decoração já possui. 

A empresária Nádia Mello também prepara a casa para o Natal desde a infância. Com o nascimento do primeiro filho, há 21 anos, a tradição se renovou. Atualmente, na própria casa, ela promove momentos lúdicos com os afilhados, como lanches natalinos e o ritual de acender as luzes da sacada do apartamento. 

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“Eu procuro investir em peças e elementos que tenham representatividade e que eu não precise trocar anualmente. Faço um investimento, e vou trocando conforme eu ache que está se desgastando. Por exemplo: esse ano, eu tive necessariamente que trocar as luzes da sacada, porque queimaram. Tive que comprar uma nova cortina de led, de 9 metros, que custou R$ 120”, conta a empresária. Nádia também precisou trocar capas de cadeiras (R$ 20 cada) e os centros da mesa de jantar (R$ 48 cada).

Ela afirma que o mais caro em uma decoração de Natal é a árvore, e calcula que, se precisasse trocar a que possui, gastaria em torno de mil reais, incluindo os elementos decorativos. Quando precisa renovar seus enfeites, Nádia adota a estratégia de esperar as promoções que surgem nas proximidades do Natal. “Ano passado, eu comprei meus adornos de aparador no dia 24. Estava tudo em promoção, eu aproveitei a oportunidade. Deixo passar os lançamentos de Natal, que é tudo mais caro, e quando baixa, eu vou e compro”, finaliza

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