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Como economizar em período de alta no preço dos combustíveis?

Especialista em engenharia mecânica do Senai orienta, com dicas, condutores sobre formas de reduzir o consumo

Sérgio Chêne

Arildo de Sá, 48, mora em Ananindeua e é dono de três veículos que utiliza na prestação de serviço de transporte de cargas. Com o reajuste de 18,8% no preço da gasolina e 24,9% no diesel na última sexta-feira (11), o empresário já começou a sentir no bolso diante dos custos mantidos pelo negócio.

“Vou procurar o posto mais em conta. Difícil em pensar em economizar, e estou deixando de ir para o interior com os meus caminhões, pois ainda tem o trânsito e os buracos que não ajudam”, reclama o empresário. Ele tem rodado mais na área metropolitana de Belém. Antes, para manter a van, ele tinha um gasto diário de R$ 80, que foi elevado para R$ 120. Já com os dois caminhões, passou a pagar R$ 200 nos postos. “Eu pagava R$ 150 até semana passada”, critica.

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O bancário Márcio Pinheiro, 48, já adotava uma prática antiga a fim de amenizar os custos com o consumo de combustível. Para ir ao trabalho, dois dias da semana ele utiliza o ônibus para se deslocar entre o bairro do Marco e o centro de Belém. “Foi uma opção que me ajuda na saúde, mas no bolso, pois economizo ao final do mês”, assegurou. “Antes do aumento de preço eu gastava R$ 1.200 com gasolina, por mês. Moro próximo a Icoaraci, deixo meu marido no centro da cidade e depois vou para Marituba, e nosso carro é 1.8, imagine”, diz a relações públicas Ellen Guedes, 48.

Como economizar gasolina e álcool?

Se não tiver outra alternativa, quem sabe seguir as dicas do mestre e engenheiro mecânico Francisco Silva, que é professor de Mecânica de Automóveis no Serviço Nacional da Indústria (Senai) – Centro de Desenvolvimento da Amazônia, na capital. As orientações são ajudar a economizar e evitar gastos maiores ainda maiores com combustível.

O docente explica que condutor tem opção de economizar durante a direção e na manutenção do veículo. “Atitudes como a forma de dirigir pode reduzir o consumo alto de combustível”, ensina.

Silva recomenda que os motoristas não “estiquem a marcha”, ou seja, não utilize marcha diferente da velocidade em curso. Quando estiver de segunda, que esteja, em média a 20 km/h, e assim para a 3ª (30km/h) e 4ª (40 km/h). “Evite acelerar desnecessariamente, é passar a marcha conforme a velocidade do veículo”, disse.

Outra dica recomendada é no semáforo. “Se o tempo do semáforo for longo, mais de três minutos, o condutor pode optar em desligar o carro, sabendo que a bateria esteja com a carga regular”, afirmou. O semáforo apontado pelo engenheiro é conhecido como três tempo.

A diminuição no tempo de uso do ar-condicionado do veículo é outra solução para redução do consumo, que, segundo ele, chega até 20% de diminuição no gasto. Usar realmente quando necessário. Na estrada, a dica é usar o ar-condicionado e levantar os vidros quando a velocidade estiver superior a 90km/h, e menor que isso, manter os vidros baixos e o ar desligado. Os recursos que demandem energia elétrica como faróis, desembaçador e rádio devem ser usados em caso de extrema necessidade, pois faz com que o motor trabalhe mais. Deixar os pneus com a pressão devido também é uma boa prevenção de economia.  Realizar manutenções de peças e acessórios regularmente é uma outra forma de reduzir os gastos com gasolina, álcool e diesel.

Confira dicas de como gastar menos combutível:

  • Não “esticar a marcha”, ou seja, não utilize marcha diferente da velocidade em curso
  • Se o tempo do semáforo for longo, mais de três minutos, o condutor pode optar em desligar o carro (com a bateria em dia)
  • A diminuição no tempo de uso do ar-condicionado, pode reduzir o consumo em 20%
  • Na estrada, utilizar o ar-condicionado e fechar os vidros com velocidade superior a 90km/h
  • Avaliar o uso racional dos recursos elétricos (farol de milha, desembaçador, rádio...)
  • Manter os pneus calibrados
  • Realizar manutenções de peças e acessórios regularmente

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