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Começa a segunda etapa da reunião do Copom, que define a taxa Selic

Estadao Conteudo

A segunda etapa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) começou às 14h36 desta quarta-feira, 19, informou o Banco Central (BC). Nesta fase, o presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, e os oito diretores definem o nível da taxa Selic.

É consenso no mercado que o colegiado vai cumprir o forward guidance dado em dezembro e reiterado em janeiro, aumentando os juros de 13,25% para 14,25%.

A decisão será informada a partir de 18h30 (de Brasília).

Ontem e nesta manhã, Galípolo e os diretores acompanharam apresentações técnicas do corpo funcional do BC sobre a economia doméstica e global e o comportamento dos mercados.

A partir de agora, os membros do Copom vão deliberar sobre a Selic e sobre o comunicado da decisão. As atenções do mercado estão voltadas para a comunicação do colegiado sobre os seus próximos passos.

Em geral, a expectativa dos analistas é de que o BC adote uma postura "data dependent", condicionando o futuro do ciclo de aperto monetário ao firme compromisso de fazer a inflação convergir ao centro da meta, de 3%. Mas uma ala do mercado espera uma sinalização mais clara para a reunião seguinte, de maio - por exemplo, com a indicação de um novo ajuste, mas menor do que as altas seguidas de 1 ponto vistas desde dezembro.

Desde a última decisão do comitê, em 29 de janeiro, a economia deu sinais mais fortes de esfriamento. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu menos do que o esperado no quarto trimestre, e a maioria dos indicadores de alta frequência de janeiro ficou abaixo do previsto. O Copom já informou que a desaceleração da atividade é um "elemento necessário para a convergência da inflação à meta".

O dólar também mostrou algum alívio, caindo de R$ 6,00 para cerca de R$ 5,80, conforme a metodologia usual do BC, que usa a média da taxa Ptax dos dez dias úteis anteriores à reunião do Copom. Economistas do mercado esperam que a projeção do comitê para o IPCA no terceiro trimestre de 2026, horizonte relevante da política monetária, caia dos 4% da última reunião a um nível entre 3,9% e 3,7%.

Em contrapartida, as expectativas de inflação continuam desancoradas e subindo, passando de 5,50% para 5,66% em 2025 e de 4,22% para 4,48% em 2026. O IPCA se mantém alta e acelerando no acumulado de 12 meses, tendo avançado de 4,56% em janeiro para 5,06% em fevereiro. A inflação de serviços subjacentes, acompanhada de perto pelo BC pela sua correlação com a atividade, subiu de 5,95% para 6,22% nesse período.

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Economia
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