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Com proximidade de dezembro, empresários se preparam para movimento maior e optam por contratações

Representante do setor de alimentação e bebidas diz que Natal é uma “grande oportunidade” para os negócios aumentarem ticket médio e movimento

Elisa Vaz

O último mês do ano deve movimentar a economia paraense com a geração de vagas de trabalho. Um levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que 35% dos empresários de bares e restaurantes do país pretendem contratar funcionários até o final do ano e, localmente, o cenário deve se repetir, segundo a presidente da entidade no Pará, Isabela Lima.

“Chama a atenção o número de empresas que buscam mais gente para ampliar o negócio com novos produtos e serviços ou para abrir filiais. Além disso, muitos estabelecimentos procuram profissionais para recompor o quadro e readequar a empresa à nova configuração de mercado pós-pandemia”, ressalta.

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Segundo ela, o Natal é uma “grande oportunidade” para os negócios da área de alimentação e bebidas aumentarem o ticket médio e o movimento, principalmente por conta da injeção do décimo terceiro salário na economia, o que gera mais necessidade de trabalhadores. “Isso permite que milhares de pessoas estejam dispostas a gastar um pouco mais”, diz.

Já o representante do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará (SHRBS-PA), Fernando Soares, afirma que essas contratações de final de ano não são definitivas, em regra. “Geralmente, o setor de alimentação fora do lar admite funcionários para trabalhar por diária ou na forma intermitente no final do ano, porque há um acréscimo de confraternizações, jantares, almoços e isso demanda o reforço de pessoal para atendimento, cozinha e limpeza, mas, terminado o período das festas, há um esvaziamento natural”, explica.

Fernando detalha que o segmento de bares e restaurantes é bem diferente de outros negócios da economia. Enquanto os shopping centers e comércios locais, por exemplo, têm um movimento maior até o final do ano, os negócios de alimentação e bebida fora do lar têm dias pontuais de maior fluxo de clientes.

Negócios

A presidente da Abrasel-PA, Isabela Lima, é também dona de uma doceria e cafeteria bem conhecida em Belém. Lá, a demanda deve ser alta nas próximas semanas, principalmente mais próximo do Natal, o que deve motivar contratações extras, de acordo com ela. “A expectativa é sempre positiva, esperamos um aumento de 25% a 30% nas vendas e, certamente, teremos contratações, nem que sejam temporárias, por conta do aumento de demanda prevista em função das confraternizações”, adianta.

A área que mais necessita de reforço é a de produção, para atender o aumento das vendas neste período. “Inicialmente, a ideia é de que seja contratação temporária, mas planejamos uma estratégia de manutenção de vendas e, quem sabe, se atingirmos, não possa ser revestido em fixo”. Ela lamenta, no entanto, quanto à dificuldade para encontrar “profissionais desejados”, tanto de mão de obra especializada como para formação e aperfeiçoamento. No momento, diz Isabela, há um “apagão” de mão de obra, especialmente para os cargos de auxiliar de cozinha, cozinheiro, garçom e cumim.

Já a proprietária de uma pastelaria, Rita Oliveira, explica que as contratações de final de ano ainda não foram feitas, porque a equipe aguarda um fluxo maior de clientes, mas a empresária já está nas tratativas para a seleção de candidatos. “A ideia é aproveitar as pessoas que se saírem bem, pois precisamos nos preparar e treinar nossos funcionários para os anos vindouros, que prometem um mercado aquecido”, detalha.

Segundo ela, ainda é o momento de “sentir” a demanda para o final de ano. “Tende a crescer com os eventos natalinos e confraternizações que virão, temos reservas e, provavelmente, iremos aumentar o efetivo, mas com prudência e conforme a quantidade de reservas fechadas”, declara. As expectativas, segundo ela, são “as melhores possíveis”.

Economia