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Círio e eleição podem afetar positivamente setor de alimentação em Belém

Especialista explica que as movimentações atuais levam as pessoas consumirem mais fora de casa

Maycon Marte

Embora os dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) apontem um crescimento do número de empresas operando em prejuízo no setor de alimentação fora do lar, com 16% até o último mês, a consultora empresarial, Elaine Cardoso, é otimista sobre os impactos de eventos recentes, como o Círio e as Eleições. Ela defende que as pessoas precisam sair mais durante estes momentos, o que eleva o consumo fora de casa, movimentando a economia do segmento. O levantamento ouviu empresários do setor entre os dias 16 e 23 de setembro em todo o estado do Pará.

Devido ao foco nas eleições, o número de eventos também tende a cair, reduzindo o faturamento deste setor. No entanto, a especialista explica que a cadeia produtiva de distribuição de alimentos, atacado e indústria aquece em decorrência dos mesmos eventos, isso porque a demanda das pessoas para otimizar tempo e trabalhar aumenta a necessidade de se alimentar rapidamente. Na sua análise comportamental, Cardoso ainda destaca que esse movimento inicia desde setembro, mas atinge seu ápice em outubro.

“Com a questão da eleição, os eventos, principalmente no por causa da política, demonstram queda, porque as pessoas não estão focadas em eventos. A maioria de todas as capitais estão focadas na eleição, mas quanto mais eu foco na eleição mais as pessoas tendem a comer fora e pedir comidas rápidas, porque há pouco tempo para fazer trabalho”, explica a consultora.

A Abrasel também estima que 46% das empresas conseguiram lucrar no período analisado, número superior ao percentual de prejuízo, além de 37% que mantiveram equilíbrio financeiro. Sobre a perspectiva da movimentação de outubro, 20% dos empresários acreditam que a eleição irá reduzir seu faturamento, enquanto 26% esperam um aumento. A maioria dos entrevistados (54%) não esperam nenhum impacto sobre seus negócios.

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O presidente da Abrasel, Rafael Menezes, acredita que para promover uma recuperação econômica no segmento, é necessário um diálogo aberto entre governo e setor privado para criar um ambiente de negócios favorável. “O setor de Alimentação Fora do Lar no Pará está passando por uma recuperação gradual, mas ainda enfrenta desafios significativos. Além do leve aumento no número de empresas operando em prejuízo, 44% ainda estão endividadas, o que indica a necessidade de ações urgentes. As preocupações com o impacto das eleições e a Lei Seca evidenciam como fatores externos podem afetar nosso desempenho”, afirma.

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