Chuvas de início do ano elevam preços de frutas e legumes em Belém; entenda
Feirantes destacam como o inverno amazônico afeta a oferta e os valores de itens essenciais no mercado.
O "inverno amazônico" chega a Belém trazendo não apenas as chuvas intensas típicas do início do ano, mas também um aumento considerável nos preços de frutas, verduras e legumes. A combinação de entressafra, dificuldades de transporte e alta demanda causa oscilações significativas nos valores, tornando o planejamento de compras essencial para consumidores. Por isso, o Grupo Liberal ouviu na manhã desta sexta (3/12) feirantes e o supervisor técnico do Dieese-PA para saber quais produtos estão mais caros e mais baratos neste período e entender as causas das variações de preço.
Impacto do inverno amazônico
De acordo com Everson Costa, supervisor técnico do Dieese-PA, o aumento nos preços dos alimentos está diretamente ligado ao desafio logístico causado pelo período chuvoso.
"O tempo do frete aumenta, e as condições precárias das estradas federais e estaduais elevam ainda mais os custos para trazer os produtos até Belém. Somado a isso, a entressafra reduz a oferta de itens como frutas e legumes", explica.
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Camila Colares, feirante e pedagoga, confirma a alta dos preços, especialmente em produtos como alface, que custa entre R$ 6 e R$ 7, dependendo das condições climáticas. "Comer saudável ficou caro. É preciso pesquisar muito para encaixar no orçamento," observa.
Chuvas intensas x sazonalidade das colheitas
Mauri Ferreira, também feirante na Pedreira, destaca que nem todos os produtos ficam mais caros. "Enquanto o morango continua em alta e o mamão começa a subir novamente, frutas como abacate já mostram queda nos preços. Alguns produtos, como o chuchu e a beterraba, até caem de valor porque se adaptam bem às chuvas", diz.
Essa variação está diretamente ligada ao momento das colheitas. Algumas frutas e legumes atingem o pico de produção no período chuvoso, o que ajuda a amenizar os impactos no mercado local.
Orientação para os consumidores
Para enfrentar essas oscilações, Everson Costa recomenda que os consumidores pesquisem e diversifiquem a alimentação. "Diferenças de preço podem chegar a 20% entre feiras e supermercados. Além disso, apostar em frutas regionais, como pupunha e bacaba, pode ser uma alternativa para economizar," aconselha o economista.
Os feirantes também enfatizam a importância de promoções. "Sempre tentamos manter o preço mais em conta com pacotes e maços promocionais. Cheiro-verde, por exemplo, pode sair por R$ 3 ou dois por R$ 5," diz Camila.
As 5 frutas mais caras de Belém em janeiro
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Abacate
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Tangerina
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Goiaba
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Maracujá
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Acerola
As 5 frutas mais baratas de Belém em janeiro
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Manga
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Melancia
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Melão
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Limão
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Banana