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Chocolat Festival movimenta R$ 20 milhões em negócios e atrai 100 mil visitantes em Belém

Realizado entre quinta-feira (26) e domingo (29) no Hangar Centro de Convenções, o evento reuniu cerca de 150 estandes

O Liberal

O Chocolat Festival, que chegou à sua 39ª edição e reuniu um público de cerca de 100 mil pessoas em Belém, gerou R$ 20 milhões em negócios diretos e futuros, segundo balanço da organização. A programação foi realizada entre quinta-feira (26) e domingo (29), no Hangar Centro de Convenções, e é considerada o maior evento de chocolate e cacau da América Latina. Na capital paraense, esta foi a décima edição, com o nome “Chocolate Amazônia e Flor Pará”, uma organização do governo do Estado.

Idealizador do Chocolat Festival, Marco Lessa pontuou que o evento vem crescendo ano após ano. “Começamos com cerca de 20 mil visitantes e hoje chegamos a 100 mil e negócios que já passam da casa dos R$ 20 milhões relacionados ao cacau, chocolate, coprodutos e turismo envolvido nessa cadeia produtiva. Além de tudo, é a construção da imagem de um Estado que, nos últimos 15 anos, aumentou em 50% sua produção de cacau, chegando a atingir a liderança nacional. Com o projeto Chocolat Festival, surgiram mais de 140 marcas de chocolate no Pará”, destacou.

Neste cenário de crescimento proporcionado pelo festival, a engenheira ambiental Tânia Cristina Fonseca, de 63 anos, viajou de São Paulo a Belém apenas para conferir a programação. A pesquisadora chegou neste domingo (29). “Eu vim em busca de um cacau de boa qualidade para iniciar a produção de chocolates funcionais à base de extratos nanotecnológicos de bioativos naturais, de cúrcuma, própolis. Atuo entre São Paulo e Minas Gerais e já tem muitas notícias sobre o festival, que aqui é possível encontrar um chocolate de origem e de muita qualidade”, pontuou Tânia.

Expositores fizeram sucesso

O representante da marca Amazônia Cacau, José Souza, fez um balanço positivo do Chocolat Festival. Segundo ele, houve uma rotatividade muito grande de pessoas que ficaram sabendo da marca e degustaram os produtos. “Esse tipo de festival gera um networking, com certeza. Tivemos muitos turistas aqui que ficaram interessados em abrir franquia em outros estados, até porque nós temos um produto exclusivo que poucas pessoas têm. Foi muito bom, bem positivo”, contou. O campeão de vendas foi o chocolate com cupuaçu, mas o licor de golosa - fruta do Baixo Amazonas “prima” do bacuri - também foi vendido em grande quantidade.

Proprietária da empresa Da Cruz, Chiara Cruz disse que os produtos que ela levou ao evento tiveram muita procura. “Eu gosto muito dessa feira, a gente sempre faz bons negócios. O que foi mais vendido foram as barras e as trufas. Fica uma experiência muito boa, eu sou fã dessa feira porque a gente faz negócios para além da venda local, mas divulga nossa marca e a nossa fábrica e isso é uma oportunidade”.

Durante o evento, foram realizadas também rodadas de negócios locais, regionais e internacionais. Nesta edição, de acordo com a organização, houve muitos compradores e traders, fazendo com que mais pessoas descobrissem a qualidade do chocolate produzido no Pará e construíssem a imagem de um grande produtor de amêndoas de qualidade e de chocolate com sabor da Amazônia.

Chocolates ganham concurso 

Um concurso foi realizado na noite de sábado (28) para premiar os melhores chocolates - categorias ao leite e intenso - e amêndoas - categorias varietal e mista - do evento. Esta foi a quarta edição da iniciativa e cada vencedor, da medalha de ouro à de bronze, ganhou um valor em dinheiro. Em 2024, 67 chocolates participaram do concurso, sendo 42 de empresas paraenses e 25 de fora do Estado, mas produzidos com amêndoas da Amazônia. 

Marco Lessa ressaltou que a premiação é importante porque reconhece o trabalho diferenciado que cada produtor faz, tanto do chocolate como de amêndoas de cacau. “Quando você faz uma premiação dessa e tem entre os jurados pessoas com a qualidade de um júri internacional, de pessoas que têm conhecimento, você naturalmente aumenta muito mais o nível do concurso. A gente percebe o crescimento tanto da qualidade como da diversidade dos inscritos, ano após ano, e nos vencedores também. Então é sinal de que a Amazônia, em especial o Pará, tem campeões”, disse.

Já o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Giovanni Queiroz, afirmou que o governo do Pará fica muito feliz pelos vencedores. “O prêmio em dinheiro não tem valor em comparação com o maior prêmio que vocês dão a nós, paraenses, por produzirem amêndoas e o melhor chocolate da região. Agradecemos a todos que estão participando desse momento para que nós pudéssemos ter a oportunidade de ver esse momento”. 

Além da feira de expositores e produtos, o evento também contou com um espaço para crianças aprenderem sobre a cadeia do cacau, atelier de flores e arranjos, reuniões e fóruns e painéis técnicos. O encerramento ocorreu na noite deste domingo (29), com a entrega de uma escultura de chocolate, pesando 550 quilos, com os dizeres “COP 30”.

Economia