Carnaval em março: mudança no calendário traz mais tempo para gráficas e malharias em Belém
Empresas têm a oportunidade de organizar melhor a produção e expandir o portfólio
Em 2025, o Carnaval de Belém será celebrado a partir do dia 1 de março, uma mudança que tem gerado expectativas positivas para o setor de gráficas e malharias da cidade. Com o adiamento da festa, os empreendedores do ramo terão mais tempo para atender à alta demanda de produtos personalizados, criar catálogos temáticos e investir na preparação dos seus negócios.
Ágatha Barros, proprietária de uma gráfica especializada em personalização há 11 anos, vê a alteração na data como uma oportunidade de organizar melhor a produção e expandir o portfólio. Ela afirma que, como o carnaval costuma ser no segundo mês do ano, às vezes não sobra tempo para organizar bem os produtos, já que a demanda das festas de final de ano costumam levar muito tempo para serem produzidas.
“O período de pré-carnaval sendo mais longo irá nos ajudar muito, pois as demandas do natal e ano novo são gigantes, o que nos deixa com pouco tempo para dedicar ao carnaval. Tendo mais tempo, vamos poder atender mais clientes, trazer mais opções de produtos e nos organizar com mais calma”, afirma.
Ágatha relata que escolas de samba e bloquinhos de rua são seus principais clientes durante essa época, que costumam procurar a empresa em busca de materiais personalizados. “Escolas de samba e bloquinhos me procuram em busca de objetos personalizados, os que mais saem são os copos, que variam de R$ 8 por unidade conforme a demanda do cliente”, relata.
Além de gráficas, as malharias também devem aproveitar o adiamento da festividade para organizar as demandas e ajustar a lista de clientes. Carlos Tavares, que é dono de uma malharia em Belém há 20 anos, afirma que a procura por abadás já está alta.
“Já temos uma grande lista de clientes que inclui desde blocos de rua da capital e dos interiores do Estado até escolas de samba. A procura pela confecção dos abadás já está a todo vapor, apesar de ainda estarmos no início dos trabalhos”, afirma.
O empresário conta que, em média, costuma cobrar entre R$ 8,50 à R$ 9.50 para confeccionar um abadá. “O preço varia, mas sempre fica na média de R$ 8,50 e R$ 9.50 por abadá”.
Os pedidos para o carnaval 2025 têm animado os empresários, que aproveitam o tempo extra para implementar melhorias e aprimorar o atendimento aos clientes. "As expectativas para esse ano são boas. Temos maquinário novo que vai agilizar bastante a produção e está em criação um catálogo específico para essa data, focando nos bloquinhos e festas em família também", afirmou Ágatha.
A personalização de produtos como copos, canecas e camisas tem se consolidado como uma tradição para foliões, sejam eles de grandes escolas de samba ou de pequenos bloquinhos de bairro ou familiares. O setor gráfico e de malharia em Belém, agora com mais tempo para se planejar, promete colorir a cidade com criatividade durante o carnaval de 2025.