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Caged: Pará perde mais de 2 mil postos de trabalho em janeiro, mas saldo em 12 meses é positivo

Construção civil foi o setor com maior perda no Estado

Emilly Melo
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O Pará registrou saldo negativo de 2.203 vagas de emprego em janeiro deste ano. É o que apontam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta quarta-feira (26/2), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 

O resultado é a diferença entre o número de admissões (38.253) e de desligamentos (40.456) no período. Apenas os setores da indústria e de serviços registram saldo positivo de contratações, com 188 e 183 postos gerados, respectivamente. Já a construção civil sofreu a maior perda, com redução de 1.950 empregos. O comércio e a agropecuária também apresentaram retração, com 471 e 153 vagas. Em relação ao estoque total de pessoas empregadas no Estado, o Pará apresenta 985.399 empregos formais. Ano passado, por outro lado, o mês de janeiro apresentou saldo positivo, com abertura de 346 vagas.

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O Dieese Pará aponta que, apesar da queda em janeiro, nos dados acumulados dos 12 meses (fevereiro de 2024 a janeiro de 2025), no comparativo entre admitidos e desligados, o resultado é positivo. São 485.622 admissões contra 449.106 desligamentos, resultando um saldo positivo de 36.516 postos de trabalhos. O levantamento mostra ainda que a maioria dos macrossetores econômicos de atividades no Pará também têm saldos positivos de empregos formais, com destaque para serviços, com a geração de 15.035 postos de trabalho. Em seguida vem o comércio, com a criação de 13.551 postos de trabalhos, e a indústria, com 5.042 vagas preenchidas. Na outra ponta, o saldo negativo nos últimos 12 meses se resumiu ao setor da agropecuária, com a perda de 2.016 postos de trabalhos.

De acordo com Everson Costa, supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA), com base nos dados negativos de janeiro, é possível que haja novas perdas de postos de trabalho durante o primeiro trimestre. 

As reduções, segundo ele, são comuns nesta época do ano e costumam acontecer devido aos gastos comuns de início de ano, como contribuições fiscais, reajustes de matrículas e um desaquecimento da economia em comparação com o mês de dezembro. 

“A construção sempre costuma se desmobilizar no inverno amazônico. É comum que as obras diminuam e tenha essa redução. No comércio, você também tem queda porque é um período de ajustes. O agronegócio sente igualmente os efeitos climáticos. Mesmo com essa perda de postos, quando a gente olha os municípios, vê que Belém perdeu pouquíssimos postos. O setor da construção perdeu poucos postos na capital paraense por conta das obras da COP 30”, explica Costa. 

Desempenho nacional

Em janeiro, 17 das 27 unidades da Federação fecharam o mês com saldo positivo. Os estados com maior saldo foram São Paulo (36.125), Rio Grande do Sul (26.732) e Santa Catarina (23.062). Em todo o país, o saldo foi de 137.303 postos de trabalho com carteira assinada.

Quanto ao estoque total de pessoas empregadas do país, o Brasil registra 47,3 milhões de empregos formais, crescimento de 3,6% em relação a janeiro do ano passado.

Quatro das cinco regiões registraram saldo positivo em janeiro. O Sul foi a maior geradora de emprego no mês, com 65.712 postos. Em seguida aparecem as regiões Centro-Oeste (44.363), Sudeste (27.756) e Norte (1.932). Somente o Nordeste registrou desempenho negativo no mês (-2.671).

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