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Café da manhã dos paraenses ficou mais caro em 2021, aponta Dieese

Café, leite e pão foram os produtos que mais sofreram reajuste nos últimos oito meses desse ano

O Liberal

Café com leite e pão, itens que normalmente são indispensáveis no café da manhã dos paraenses, estão ficando cada vez mais caros para os consumidores, principalmente para quem faz isso fora de casa. É o que revela a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).  

Ainda de acordo com levantamento, em padarias e supermercados da grande Belém, o quilo do pão francês (o chamado pão careca) está bem mais caro. Depois de um período com preços estáveis, o produto voltou apresentar alta, com reajuste acumulado a cerca de 4% nos primeiros oito meses deste ano (jan-ago/2021).

Em agosto do ano passado, o quilo do pão careca foi comercializado, em média, a R$ 11,03. Em dezembro/2020 ficou um pouco mais barato sendo encontrado, em média, a R$ 10,99. Já em julho de 2021, sofreu um novo reajuste, custando cerca de R$ 11,20 e no mês passado (agosto/2021), estava sendo vendido, em média, a R$ 11,66, o quilo. Com isso, o pãozinho apresentou um aumento no mês de agosto de 4,11% em relação ao mês de julho desse ano. Nos primeiros oito meses de 2021 (jan-ago), o preço do pão careca apresentou um reajuste acumulado de 6,10%.

Assim como o pão, outro item que apresentou aumento de preços no mês passado, de acordo com as pesquisas do Diesse/PA, foi o café com alta de 6,30%. Nos primeiros oito meses deste ano (jan-ago/2021), o reajuste acumulado do produto foi de 30,31% e nos último 12 meses, a alta foi de 36,99%, sendo comercializado em agosto de 2020, em média, a R$16,76, o quilo. Já em agosto desse ano, o alimento já podia ser encontrado, em média, a R$ 22,96.

O Leite também está virando artigo de luxo no café da manhã dos paraenses. A pesquisa feita pelo Dieese/Pa, que acontece semanalmente, aponta que o preço do litro do leite comercializado em caixa de 1000 ml em Belém, apresentou um reajuste acumulado nos primeiros oito meses desse ano (jan-ago/2021), superior a inflação, alcançando 6,19%. A trajetória do preço do produto foi a seguinte: em dezembro de 2020, o preço do litro da bebida foi comercializado, em média, a R$ 5,17. Já em janeiro de 2021, o produto já estava custando, em média, a R$ 5,30; em julho/2021, em média, a R$ 5,47 e no mês passado (agosto/2021) foi comercializado em média a R$ 5,49.

Para Ronaldo Alves, gestor de uma panificadora em Belém, com esses constantes reajustes, fica difícil segurar o aumento no preço desses produtos no valor repassado para o consumidor final.  “Nosso último reajuste foi em julho quando passamos de R$ 11,00 para R$ 13,50, o quilo do pão francês. Tivemos que repassar um pouco desse aumento para os clientes e, ainda sim, arcamos com uma parte desses reajustes, pois se repassarmos o valor total do acréscimo, eles não vão aceitar. Os consumidores permanecem os mesmos, porém, a gente percebe que eles consomem menos”, avalia.

 

(Por Luciana Carvalho, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política.)

 

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