'Boom' do açaí ameaça a biodiversidade em regiões da Amazônia; entenda
Monocultura: aumento da demanda tem provocado perda de outras espécies de vegetais
Monocultura: aumento da demanda tem provocado perda de outras espécies de vegetais
O consumo do açaí sempre fez parte da alimentação dos paraenses, mas nas últimas duas décadas ele se tornou popular como um 'superalimento' no Brasil e em países como Estados Unidos e Japão. Por suas propriedades nutricionais e antioxidantes, o açaí é utilizado para o preparo de sucos, vitaminas e sobremesas com granola e outras frutas. Enquanto produtores produtores locais se beneficiaram do aumento da demanda, colocando produção da fruta como um exemplo de "bioeconomia", que permite gerar renda para os moradores da Amazônia sem desmatar a floresta, estudos mostram que essa expansão está gerando uma perda da biodiversidade em algumas regiões devido à substituição de outras espécies.
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"Agora a gente quer que esse estado (...) e todos aqueles que foram beneficiados com suor e sangue daqueles que foram escravizados, tenham o dever de retribuir o nosso povo", ressaltou.
O Brasil é o principal produtor mundial de açaí e mais de 90% da produção sai do Pará. Em 2021, o Estado produziu mais de 1,38 milhão de toneladas de açaí, movimentando mais de 5 bilhões de reais na economia local, segundo dados do IBGE. As exportações de produtos derivados da fruta cresceram exponencialmente nos últimos anos: passaram de 60 kg em 1999 para mais de 15.000 toneladas em 2021, segundo estimativas do governo do Pará, baseados em dados do comércio exterior. Os principais importadores são Estados Unidos, Japão, Austrália e países europeus.