BNDES escolhe projetos de restauração ecológica na bacia do Xingu nos estados do PA e de MT
Quatro projetos receberão R$ 20,3 milhões para recuperação de 700 hectares de áreas degradadas nas regiões do Baixo, Médio e Alto Xingu
O BNDES, em colaboração com a Energisa, a Norte Energia e o Fundo Vale, selecionou quatro projetos na bacia hidrográfica do Xingu, nos estados do Pará e Mato Grosso. Serão investidos R$ 20,3 milhões em recursos não reembolsáveis para a restauração de áreas degradadas e para o fortalecimento das cadeias produtivas relacionadas à restauração, através da iniciativa Floresta Viva.
Os projetos selecionados são: Na trilha da Floresta Viva: restauração ecológica socioprodutiva na Bacia do Xingu, da Associação Rede de Sementes do Xingu (ARSX), Xingu Sustentável: o cacau orgânico gerando renda e promovendo a restauração ecológica do Médio Xingu, da Cooperativa Central de Produção Orgânica da Transamazônica e Xingu (CEPOTX), Sempre Vivas, Sempre Verdes: restauração ecológica e inclusão socioprodutiva na Resex Verde para Sempre, com coordenação do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e Resset Assurini, sob a gestão da Fundação de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável Guamá.
As iniciativas serão responsáveis por restaurar 700 hectares de áreas degradadas. Também serão realizadas a mobilização e o fortalecimento de grupos de coletores de sementes, estruturação de viveiros, criação de uma agroindústria para beneficiamento de cacau e fomento à pesquisa científica.
”O apoio a projetos de restauração ecológica na Bacia do Rio Xingu, por meio da iniciativa Floresta Viva, reforça o compromisso do BNDES no desenvolvimento sustentável da Amazônia. Estamos reconstruindo a floresta com preservação da biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas, o Banco contribui para o bem-estar das populações que vivem na floresta, com a geração de empregos e do fortalecimento das comunidades locais”, afirmou a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello.
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A bacia do Rio Xingu cobre aproximadamente 53 milhões de hectares e abrange 50 municípios nos estados do Pará e Mato Grosso. O rio atravessa áreas protegidas, incluindo terras indígenas e unidades de conservação, formando um corredor de sociobiodiversidade que interliga biomas. A bacia perdeu cerca de 730 mil hectares entre 2019 e 2022.
“Restaurar uma área de 700 hectares na Bacia do Xingu é agir no presente para garantir um futuro sustentável e viável para a população da Amazônia e de todo o Brasil. O que acontece na Amazônia reverbera para o resto do país. E o Funbio se une ao BNDES na iniciativa Floresta Viva para continuar em sua missão de aportar recursos estratégicos para a conservação da biodiversidade em todos os biomas brasileiros”, explicou Manoel Serrão, superintendente de Programas do Funbio.
*(Iury Costa, estagiário de jornalismo sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política e Economia)