BNDES assinará contrato para concessões florestais no Pará com a presença de Lula
Entre as unidades de conservação incluídas no projeto está a Floresta Estadual do Paru
Na sexta-feira (14/2), em Belém, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmará um contrato de estruturação de projetos com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio). O acordo prevê que o banco preste suporte técnico para avaliação, estruturação e implementação de concessões florestais. A cerimônia de assinatura contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador do Pará, Hélder Barbalho.
Entre as unidades de conservação incluídas no projeto está a Floresta Estadual do Paru (Flota do Paru), que se estende por mais de 3,6 milhões de hectares nos municípios de Alenquer, Almeirim, Monte Alegre e Óbidos, na região do Baixo Amazonas. Dentro dessa área, aproximadamente 305 mil hectares são destinados ao manejo sustentável.
A Floresta Estadual do Iriri, localizada no município de Altamira, no Sul do Pará, também será objeto de concessão. Com um território total de 440 mil hectares, a unidade conta com 222 mil hectares para manejo sustentável. Somadas, as duas florestas públicas abrangem uma área comparável ao tamanho do estado do Rio de Janeiro, distribuída em cinco municípios paraenses.
Concessões para o Desenvolvimento Sustentável
Segundo o diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa, as concessões estruturadas pelo banco permitirão a realização de manejo florestal sustentável para exploração de produtos madeireiros e não madeireiros, além de serviços florestais. O modelo tem como premissa a preservação da biodiversidade, a manutenção do equilíbrio ecológico e a promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades locais. Além disso, busca reduzir o desmatamento e contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.
O manejo florestal sustentável se baseia no uso de técnicas de exploração de baixo impacto ambiental, que replicam o ciclo natural da floresta, garantindo sua conservação, regeneração e funções ecológicas, sociais e econômicas.
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As concessões florestais seguem os princípios da Lei de Gestão de Florestas Públicas (Lei 11.284/2006), que regulamenta o uso sustentável dessas áreas. O modelo prevê a exploração de produtos e serviços florestais de forma controlada, respeitando o ecossistema e garantindo que as comunidades locais possam continuar utilizando os recursos naturais de maneira equilibrada.